Estimativa de 43,9 mi de sacas é feita com indústrias nos EUA e na Europa; em dezembro, projeção era de 44,4 mi
DA REUTERS
A safra de café 2006/7 do Brasil deve atingir 43,9 milhões de sacas (60 quilos), ante estimativa de 44,4 milhões de sacas em dezembro, de acordo com pesquisa feita pela Reuters com 11 membros da indústria nos EUA e na Europa.
O Brasil, maior produtor e exportador de café, deve divulgar na próxima sexta-feira a segunda estimativa oficial para a temporada, que vai de junho a julho.
As fontes atribuem a queda constatada pela pesquisa da Reuters às condições do tempo em algumas áreas produtoras do país. Elas foram ouvidas na quinta e na sexta-feira da semana passada.
“Há áreas secas no Brasil, e isso irá resultar em rendimentos menores”, afirmou Jerry Rogers, da Gravois Mills Coffee Company, no Missouri.
A maior parte das áreas que enfrentam estiagem localiza-se em regiões produtoras de café robusta. Embora a maior parte da produção brasileira seja de arábica, a recente estiagem irá resultar em menor quantidade de grãos e em grãos menores, afirmou Rogers.
Em dezembro, a safra foi estimada pelo governo brasileiro (Conab) entre 40,4 milhões e 43,6 milhões de sacas, em comparação com 32,9 milhões de sacas na temporada 2005/6.
A estimativa média para a safra brasileira 2007/8 é de 37,1 milhões de sacas, segundo a pesquisa.
Ainda assim, mesmo com potencial de colheita em 2006/7 de cerca de 45 milhões de sacas, a indústria cafeeira enfrentará o desafio de ter poucos estoques de passagem em meio a uma demanda estável, afirmou Judy Ganes, da consultora J. Ganes.
Até o fim de março, os estoques de passagem somavam cerca de 9 milhões de sacas, com queda de cerca de 50% em relação ao mesmo período do ano passado e os mais baixos desde 1957, de acordo com a OIC.
Muitos analistas acreditam que é interesse do Brasil dar uma estimativa vários milhões de sacas abaixo das expectativas do mercado. Muito café brasileiro pode deprimir os preços e prejudicar a renda dos produtores.
Ao mesmo tempo, importadores querem preços menores. “Muitos produtores acreditam que a safra deve ficar abaixo