Cafeterias de olhos na chegada da Starbucks

1 de junho de 2006 | Sem comentários Cafeteria Consumo
Por: Monitor Mercantil

As redes de cafeterias brasileiras se preparam para a chegada da norte-americana Starbucks, que deve abrir a primeira loja em São Paulo dentro de 12 meses. Empresários do setor afirmam que a vinda da empresa deve gerar um aumento do consumo de cafés especiais, o que será positivo para o mercado.


Para o diretor-geral do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (CeCafé), Guilherme Braga, a vinda da Starbucks é conseqüência do crescimento do consumo do café no país e do fortalecimento da venda dos cafés gourmets, que vêm caindo no gosto da população.


Especialistas avisam que pequenas cafeterias e redes vão ter que se adaptar, mudando a arquitetura das lojas, incrementando o cardápio e abrindo novas unidades.


Proprietário da rede Armazém do Café (rede com seis cafeterias no Rio), Marcos Modiano ratifica que a instalação da rede será boa para o segmento. Mas pondera que outras questões devem ser levadas em consideração.


– É preciso avaliar com calma a questão. Há que se analisar, por exemplo, quem serão os fornecedores da rede, o que influencia diretamente no nosso mercado, diz Modiano, considerado um dos precursores da venda de cafés gourmet no país.


Sócia do Café Florença – que fornece grãos e máquinas de café expresso -, Ana Luísa Bernacchi demonstra otimismo. “O segmento vai se animar, as pessoas vão falar mais sobre café. Tem espaço para todo mundo”, comenta Ana, acrescentando que será necessária maior profissionalização do setor.


Os cursos de barista (especialista em expresso) oferecidos pelo Café Florença e pelo Centro de Treinamento de Café – que prepara funcionários de cafeterias e restaurantes para lidar com as máquinas – devem ter aumento na procura, acredita a empresária.


Dupla experiente

Os sócios da multinacional Starbucks no país serão a brasileira Maria Luisa e o norte-americano Peter Rodenbeck, casal que ficou conhecido por trazer a primeira loja do McDonald”s para o Brasil.


Os dois são sócios da rede de restaurantes “modelo australiano” (na verdade, há apenas duas lojas na Austrália) Outback Steakhouse, que possui 12 unidades em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre, Niterói e Campinas.


A Starbucks – nome de um personagem do romance Moby Dick, escrito pelo autor nova-iorquino Herman Melville – possui mais de 9.600 pontos de venda em todo o mundo.

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