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Cinco cafeterias da Costa Rica impulsionam uma estratégia para fomentar o consumo interno da bebida de alta qualidade, que resultará no pagamento de preços ao produtor superiores aos do mercado em mais de 111%. Trata-se de Alto Café, uma proposta em que o cliente escolhe a província da qual quer a bebida e, além disso, escolhe a forma de preparo, mas deve pagar pelo serviço e qualidade.
Na cafeteria, duas xícaras e meia custam US$ 4,59 e o pacote de 250 gramas para preparar em casa custa US$ 7,34. A ideia se desenvolve em grandes cidades do mundo com o nome de cafeterias de terceira onda. Na Costa Rica, quem colocou em marcha o projeto foi o fundador do Grupo Britt, Steve Aronson, que já saiu da empresa.
A ideia se iniciará no Espressivo Bistró, no centro comercial Momentum Pinares, em Curridabat, e depois, será lançada em outras quatro cafeterias. Uma é a Alma del Café, no Teatro Nacional; outra é a sede central do Grupo Britt, em Mercedes de Heredia; também no centro comercial do edifício do hotel Hilton, em La Sabana, concretamente no restaurante Cosi; e a última em uma cafeteria que se abrirá no centro comercial.
Esta maneira de fomentar o consumo local de café, de muito alta qualidade, encaixa-se com a estratégia desenvolvida pela Costa Rica, no sentido de diferenciar seu grão nos mercados internacionais e colocá-los em segmentos onde obtém melhores preços, explicou o diretor do Instituto de Café da Costa Rica (Icafé), Rónald Peters.
Essa estratégia tem permitido a pequenos cafeicultores criar seus locais para benefício de pequenas quantidades de café e colocar diretamente à venda seu grão para compradores internacionais, a preços superiores aos praticados pela bolsa.
No caso do Alto Café, destinado agora para o consumo nacional, escolheram-se 10 locais de pequeno benefícios ou fazendas nas sete províncias que entregam matéria-prima para esse projeto. Por trás de cada empresa, há uma história que pode ser contada por quem impulsiona o Alto Café.
A porta está aberta para outros empresários que demonstrem a qualidade de seu grão e que produzem respeitando as tradições da cafeicultura.
A reportagem é do http://www.nacion.com/ / Tradução por Juliana Santin