Dia Nacional do Café
Dia 24 de maio é Dia Nacional do café, bebida que 94% dos brasileiros com mais de 15 anos toma diariamente. Os dados mostram que o consumo está crescendo no país. Tanto que as cafeterias chiques viraram moda em muitas cidades.
Um é da Jamaica, outro de Minas Gerais. Um terceiro, que custa R$ 20 a xícara, é um raríssimo grão da Indonésia. Todos fazem parte do sofisticado universo do café gourmet. Tem tantos sabores e a gente só sabia um. Agora a gente sabe todos, está aprendendo aos poucos, diz a consultora comercial Paula Marcondes.
As primeiras cafeterias desse estilo desembarcaram no Brasil há quatro anos. Marco Kerkmeester, neozelandês casado com uma brasileira foi um dos pioneiros. Vamos tomar um café é um jeito de dizer eu quero te conhecer melhor, acredita.
Hoje os brasileiros, e principalmente os paulistanos, já incorporaram esse novo jeito de degustar o café. Eu acho muito bom e melhor ainda se você puder usar esse tempo com conforto e tranqüilidade para fazer negócios e trabalhar, acha o empresário Marcelo Almeida.
O café quente, fumegante e desenhado pelo barista, o especialista no preparo dessas bebidas, ainda é o mais procurado, principalmente em dias frios. Mas o café como drinque e na versão gelada também ganha espaço.
As cafeterias estão incentivando as vendas do velho e conhecido cafezinho. Só em 2006 o consumo interno cresceu três vezes mais do que a média mundial. Mas o preço acompanha o status. Nos cardápios gourmet há xícaras de café que custam o equivalente a quatro quilos do pó comum vendido no supermercado. A torrefação deles é muito boa, então o gosto do café é melhor. E o ambiente que completa, fala um consumidor. Você sentar aqui, conversar, degustar. Na padaria você fica em pé, você toma rapidinho o café e acabou, pensa a dona de casa Ivone Berteli.
Pode até ser corrido, mas o velho cafezinho da padaria continua tendo o seu espaço. Só em um estabelecimento da zona sul de São Paulo, são mais de mil por dia. E quem diria, o de coador é o campeão. É hábito, é uma tradição e não vai acabar assim, explica o funcionário.