A Santo Grão abrirá mais duas cafeterias em São Paulo, elevando para nove os estabelecimentos no Brasil, de olho no forte crescimento do consumo de cafés especiais, ao mesmo tempo em que a empresa prevê colocar em funcionamento sua própria torrefadora até
SÃO PAULO (Reuters) – Além de vender café em suas unidades, a Santo Grão também oferece o seu produto em centenas de cafés, restaurantes e supermercados, registrando crescimento de 23 por cento no ano passado.
“O mercado de cafés especiais só tem a crescer… O consumidor, quando começa a tomar café de qualidade, ele não volta (ao produto de menor qualidade)”, disse o diretor comercial da Santo Grão e sócio da unidade de Curitiba, Fernando Dourado, em entrevista jornalistas durante evento do setor em São Paulo.
As duas novas unidades, que serão abertas no segundo semestre, uma delas na paulistana Vila Madalena e outra na avenida Faria Lima, vão se somar a outros seis estabelecimentos em São Paulo, além da unidade na capital do Paraná.
Em meio a esses investimentos, o diretor da Santo Grão ainda mantém as expectativas de aumento de 25 por cento nas vendas de café da empresa, apesar da economia brasileira, que não dá sinais animadores de crescimento.
Para ajudar a atender esse crescimento projetado, a Santo Grão prevê operar até o final deste semestre, em Cotia (SP), uma torrefadora própria com capacidade para 20 toneladas por mês, sendo que 7 toneladas serão para atender as próprias cafeterias.
“Já vamos torrar o café da safra deste ano, para a Santo Grão e para os outros clientes”, disse Dourado.
Os investimentos da Santo Grão são realizados enquanto grandes torrefadoras, como a 3corações, JDE e Melitta, tentam abocanhar a fatia do mercado de cafés especiais que cresce acima de dois dígitos ao ano no Brasil, segundo maior consumidor global atrás dos Estados Unidos.
Na semana passada, o grupo 3corações, líder nacional de torrado e moído, lançou o projeto Tribos, que prevê inclusive uma parceria com indígenas para melhorar a qualidade do café robusta em Rondônia.
O grupo realizou a doação de mudas de café aos povos indígenas, em projeto que inclui também a capacitação e investimentos nas aldeias para a produção de café de qualidade.
Segundo a 3corações, cafeicultores indígenas terão garantia de compra de 100 por cento de sua produção, além de um prêmio pela produção socioambientalmente sustentável.