“O brasileiro está tomando mais café”. A afirmativa de Henrique Ribeiro, sócio-diretor da rede Fran’s Café tem fundamento. De acordo com a ABIC (Associação Brasileira da Indústria de Café) o País ampliou seu mercado interno de café em 550 mil sacas entre novembro/2007 e outubro/2008, o que significa uma média de 76 litros para cada brasileiro por ano, uma evolução de 2,0% no consumo.
As cafeterias brasileiras, de modo geral, não só se esquivaram dos abalos da crise mundial, como também prosperaram além do esperado. E mesmo com as especulações sobre queda nas exportações e vendas internas, o café se mantém no topo da lista dos itens que não foram excluídos do dia-a-dia. Ao contrário, cada vez mais os brasileiros preferem um bom café, os chamados gourmet.
Seguindo na contramão dos hábitos dos países mais desenvolvidos, em que as pessoas vêm abandonando as cafeterias e aumentando o consumo de cafés em casa, o Brasil “abandona o lar” para lotar as lojas especializadas. Isso se deve ao fato de que, por mais que o método caseiro tenha se aperfeiçoado e tenha um custo mais baixo, a praticidade e as técnicas baristas, que conseguem hoje transformar uma xícara de café em obra de arte, atraem os adoradores da bebida.
“Não é apenas um hábito comum do brasileiro tomar café, hoje em dia já se tornou objeto de estudo a mudança de comportamento com relação à bebida”, afirma Henrique Ribeiro. “Prova disso está neste um milhão de xícaras vendidas por mês, em nossas lojas, em plena crise”, completa.