O consumo está crescendo em uma surpreendente taxa de 15% ao ano, comparado com a média global de 2%
Uma década após a entrada da Starbucks na China, uma cultura de café está surgindo na terra dos consumidores de chá à medida que o país cresce. O consumo está crescendo em uma surpreendente taxa de 15% ao ano, comparado com a média global de 2%, de acordo com a Organização Internacional de Café.
Isso é parcialmente devido ao fato de a China estar começando a partir de uma base menor. Em média, cada chinês bebe somente três xícaras de café por ano, comparado com 500 a 700 xícaras consumida por norte-americanos. Mesmo assim, os analistas vêem um potencial enorme por causa do tamanho do mercado chinês.
“Se cada chinês consumir somente meia xícara por dia, controlaremos o mercado global inteiro”, disse o secretário assistente de comércio da Associação de Café de Pequim – China, Qian Jiaying.
Um dos motivos do aumento de café na China – mais de 100 vezes após o primeiro grão ter sido comprado e cidades portuárias chinesas – é a disseminação da cultura ocidental. De apenas uma loja em 1999, a Starbucks agora tem 390 lojas, enquanto a britânica Costa Coffee, que começou no mercado chinês em 2006, abriu 33 lojas e está planejando chegar a 300 até 2011.
Os empresários locais também estão entrando na briga. O professor acadêmico da Universidade de Estudos Estrangeiros de Pequim, Qi Ming, decidiu abrir um café, Blend Coffee, em Pequim há dois anos. Ele também publicou um livro sobre café e começou uma escola que treinou mais de 300 estudantes sobre as questões mais finas de se apreciar o café.
Os consumidores de café da China têm gostos diferentes comparado com os consumidores ocidentais. “Muitos ocidentais gostam de beber café puro, preto. No entanto, os apreciadores de café aqui não estão acostumados com o sabor amargo, de forma que preferem consumir cappuccino ou latte”, disse Qi.
Os gostos variam em diferentes partes da China também. Os da região norte apreciam um café mais forte, enquanto os do sul preferem um café mais fraco, disse Qian. Além disso, enquanto os ocidentais gostam de consumir café de manhã, os chineses preferem seu café à tarde ou até à noite. “Eles não têm tempo para visitar cafeterias de manhã e muito poucos chineses fazem café”.
Porém, com um preço de 20 a 30 yuan (US$ 2,92 a US$ 4,38) por xícara, o café ainda é mais caro do que a maioria dos chineses pode pagar regularmente. “Os preços provavelmente baixarão um pouco antes de o consumo de café poder se tornar mais disseminado na China”, disse Du Du Yuan, que trabalha em uma firma de consultoria em Pequim e visita cafeterias de duas a três vezes por mês.
A reportagem é do ChinaPost.com.tw., traduzida e adaptada pela Equipe CaféPoint / AGRO-CIM ,