CAFETEIRA – Empresária carioca aposta no mercado de café gourmet

4 de agosto de 2009 | Sem comentários Cafeteria Consumo
Por: Revista Gastronomia e Negócios

Jovem, bem-sucedida, Cristiane Parisi deixou para trás o comando de um dos maiores shoppings do Rio para apostar em um mercado que cresce cerca de 15% ao ano, segundo dados da ABIC (Associação Brasileira da Indústria de Café), e já representa 8% das vendas totais no País. A empresária aplicou toda a experiência acumulada em sua passagem por grandes empresas para consolidar o Café Cocadine. Diferenciais como drinks à base do grão e lanches requintados atraem clientes classe A à cafeteria, na zona sul do Rio.


Depois de estudar os indicadores de mercado que eram relevantes aos investidores e operações de franquia, tirou férias do Plaza Shopping, onde trabalhava como gerente administrativo-financeira, e arrumou as malas rumo a Paris para estudar as cafeterias, degustar produtos e trazer novidades. A irmã mais nova, foi sócia no Café Cocadine, cuidando do mix de produtos. Contactou as banqueteiras amigas para serem responsáveis pela produção inicial, com cardápio diferenciado, mesclando hábitos de diversos países, como tomar um lanchinho com café e bolo de laranja quentinho, uma ciabatta quentinha com manteiga e geléia, um chá bem gostoso ou uma caponata acompanhada de prosecco rose brut no meio da tarde. Além de trazer a novidade do Café Gourmand, um espresso servido em um prato grande, acompanhado de três minis sobremesas do próprio cardápio do Cocadine. Era mesmo uma novidade, nem em São Paulo tinha visto o Café Gourmand no cardápio das famosas cafeterias. Hoje, o novo sócio com 35% da administração do Café é o fotógrafo Alexandre Vidal. Ele apostou no negócio e no potencial de crescimento. Alexandre entrou com a proposta de alavancar o negócio e participar da fase de expansão do Cocadine.


O nome do café foi sugestão da própria Cristiane, para que sua a irmã, estudante de comunicação, pudesse desenvolver trabalhos na área de cinema e produção, utilizando como retaguarda, uma empresa com nome criativo. Surgiu, então, o nome ‘cocada preta’. De uma brincadeira ainda em Paris e numa analogia à estrutura de diminutivo no idioma francês, o termo evoluiu para Cocadine, que acabou virando o nome fantasia e a verdadeira marca do negócio. Escolhido o nome, o próximo passo era eleger o principal parceiro, responsável pela grande estrela do cardápio – o café.


O contrato foi fechado com o Café Florença, recém-comprado pela gigante italiana Lavazza. A marca tinha acabado de desenvolver o grão Q, que quando moído, dava origem a um café com sabor encorpado, com after taste muito agradável por causa do processo lento de torrefação.


Enquanto corriam as obras do Cocadine no Shopping da Gávea, Cristiane Parisi foi a São Paulo acompanhada de uma nutricionista para degustar cafés, conhecer a fundo as propostas gastronômicas da capital paulista e trazer algumas novidades que pudessem incrementar seu negócio.


Apesar das operações de cafeterias e bistrôs terem uma outra dimensão em São Paulo, na cidade eles são muito populares, ela conseguiu incrementar o cardápio com alguns itens ainda pouco difundidos no Rio de Janeiro, desde a inauguração em 2008, como o Chai Latté e o resgate do coador de pano, com o charme da utilização de um mini coador na hora de servir a xícara ao cliente.


Com um ano de funcionamento, o Cocadine vende por semana cerca de 1.300 doses de café e tem fornecedores parceiros com produção de volume capacitados para acompanhar o crescimento da marca. “Nossa meta para o segundo semestre é instalar a segunda unidade na Zona Sul, com inauguração prevista para setembro e dar início à operação de franquias, após finalização da empresa para franchising”, explica Cristiane Parisi.

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