O exemplo de Cafelândia, no Oeste do estado, de certa maneira ilustra a participação do cooperativismo nas economias regionais. O município, com 12 mil habitantes, é sede da Copacol, que gera 4.300 postos de trabalho e mantêm uma carteira de 4.500 cooperados. Quase toda a população economicamente ativa mantêm uma relação comercial ou profissional com a cooperativa.
A Copacol também é responsável pela administração de Cafelândia, que tem 90% de seu Produto Interno Bruto (PIB) agregado às atividades desenvolvidas pela cooperativa, que mantém uma das maiores agroindústrias de frango do país.
Mas nem tudo são flores em Cafelândia. Se está na cooperativa a principal fonte de geração de emprego e renda, também pode estar aí um problema para o município. De certa maneira, essa cumplicidade impõe um risco ao equilíbrio financeiro da cidade. Se a cooperativa sucumbir, a cidade deve sentir esse revés.
Essa possibilidade, no entanto, é totalmente descartada pela direção da Copacol, que afirma investir num planejamento estratégico e numa administração profissionalizada. Para o presidente da cooperativa, Valter Pitol, “não dá para imaginar a cidade sem a cooperativa”. (GF)