A atual situação do café na região é de desvalorização, no entanto a projeção é de ascensão nos próximos meses, com a união de produtor, instituições públicas e privadas
Cafeicultura dá esperanças aos agricultores de Jesuítas
Alguns produtores de Jesuítas ainda acreditam e apostam no plantio do café, uma cultura que passa por um momento difícil na região. Essa crise foi agravada por diversos fatores, entre eles o clima frio, a grande queda no preço de mercado e de mão de obra, que teve conseqüentemente uma significativa diminuição em sua área de plantio. A área que antes era de aproximadamente 2.000 hectares, agora não chega aos 1.000.
De acordo com o Agrônomo da Emater Roberto Dal Molin, existem variedades de café hibridadas e resistentes à ferrugem, muito promissoras e que vêm se saindo muito bem em diversos testes realizados no Paraná.
Hoje, Jesuítas e região abrangente têm aproximadamente cem produtores que cultivam café, em anos anteriores Roberto afirma que as propriedades que produziam essa cultura eram aproximadamente quatrocentas, uma considerável diminuição, fruto do atual momento difícil vivido pela cafeicultura.
Ele acredita que a maior dificuldade na produção do café é a concorrência e a dependência da mão de obra. “Agora estamos em um processo de incentivo pra mecanização, isso porque o preço da mão de obra ficou inviável, principalmente na colheita, o que corresponde a mais de 50% do custo”, descreve o agrônomo.
O café que está sendo repicado levará entre seis a sete meses para chegar ao produtor, que deve colher em aproximadamente três anos. O frio causou percas de aproximadamente 10% das plantas, que foram recuperadas para replantio, a previsão é distribuir entre 250 a 300 mil mudas de café, sendo que já se têm 100 mil prontas e reservadas para distribuição.
A prefeitura municipal de Jesuítas vem incentivando os produtores, a Copacol auxilia com os insumos e o governo estadual também dá apoio no que diz respeito à assistência técnica. O viveiro municipal tem capacidade para produzir até 500 mil mudas da planta. Dal Molin acredita que a área de plantio destinada ao café ficará entre 50 e 60 hectares, ele projeta que o agricultor plante de seis a oito mil plantas por hectare.
Segundo o agrônomo, a idéia é mecanizar esse setor, com intuito de aumentar o crescimento da produtividade e alavancar a cultura na região. De acordo com ele, existe uma emenda parlamentar para adquirir uma máquina de colheita que custa em torno de R$500mil e colhe no mínimo 70 sacos por hora, mas devido a um contratempo, ainda não foi possível fazer a aquisição, no entanto as instituições públicas e a cooperativa atuante no município estão unindo forças para que isso se concretize.
Sugestão de Olho: “Agora estamos em um processo de incentivo pra mecanização, isso porque o preço da mão de obra ficou inviável, principalmente na colheita, o que corresponde a mais de 50% do custo”
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