Cafeicultores descapitalizados e com incapacidade de renovar a produção. Este foi o cenário de 2013, provocado pela pior crise do café na última década. Ao longo de todo o ano, os baixos preços pagos pela saca de 60 quilos do grão foram insuficientes para cobrir os custos da atividade.
De janeiro a novembro, as cotações do café arábica, no mercado interno, sofreram desvalorização de 31,1% em relação ao mesmo período de 20121. Já o conilon teve queda de 21,62%, na comparação com o acumulado janeiro/novembro do ano passado.
As informações estão no boletim Ativos do Café, publicação elaborada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e pelo Centro de Inteligência de Mercado da Universidade Federal de Lavras (CIM/UFLA). O boletim mostra, também, que além da queda dos preços, houve alta dos custos de produção, prejudicando ainda mais a rentabilidade do cafeicultor.
Para o café arábica, o Custo Operacional Efetivo (COE), que engloba as despesas do dia a dia da produção, subiu 3,44% de janeiro a novembro. A maior alta foi observada nas regiões de colheita manual, onde o custo de produção ficou, em média, R$ 388,58/saca. Nas regiões semimecanizadas, o COE totalizou R$ 342,91/saca, enquanto nas áreas onde a colheita é mecanizada, o custo foi de R$ 261,36/saca.
Por outro lado, os preços de venda médios foram de R$ 276,86/saca para o café arábica, e de R$ 231,21/saca para o conilon.
URURAU RURAL