27/03/2013
O setor de café está de olho nas decisões de amanhã do Conselho Monetário Nacional. Produtores e Ministério da Agricultura acertaram alguns pontos que querem ver aprovados nessa reunião.
Uma das propostas é a prorrogação por quatro meses dos financiamentos que vencem neste ano. Feita essa prorrogação, o setor quer um alongamento de 12 meses das parcelas que vão vencer.
Uma outra proposta feita para o CMN é uma revisão dos preços mínimos do café, atualmente defasados em relação aos custos, segundo Roberto Simões, presidente da Faemg (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais).
Edilson Alcântara, diretor do Departamento de Café do Ministério da Agricultura, diz que os preços mínimos propostos serão de R$ 340 para o café arábica e de R$ 180 para o conillon.
Simões diz que, aprovados esses valores, o setor vai pleitear que o governo utilize o instrumento de opções de compra e faça também leilões de Pepro (Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural). A intenção é a retirada de pelo menos 5 milhões de sacas de café do mercado.
Segundo ele, não há motivos para essa queda nos preços do café, uma vez que não há estoques e o consumo continua crescendo.
Além disso, produtores da América Central e da Colômbia passam por uma queda de produtividade devido a uma nova doença -a ferrugem- que ataca os cafezais dessas regiões. Só isso já seria motivo para alta do produto, diz ele.
Elmiro Nascimento, secretário de Agricultura de Minas Gerais -que esteve ontem em São Paulo para lançar a semana internacional de café, que ocorrerá em setembro em Belo Horizonte-, diz que o produtor necessita de R$ 350 a R$ 400 por saca para ter uma autonomia financeira.
Na avaliação dele, o país precisa desenvolver políticas de marketing para mostrar a qualidade a que chegou o produto brasileiro.
Segundo ele, já está sendo preparada uma campanha de marketing na qual serão investidos R$ 100 milhões.
Para Alcântara, os pontos básicos dessa campanha serão a qualidade do produto brasileiro, a sustentabilidade e a variedade de produtos existentes nas diversas regiões do país.
Forte queda 1 O frango voltou a cair nas granjas paulistas. O quilo da ave viva foi negociado a R$ 2,50 ontem, um valor 11% inferior ao de há um mês, conforme pesquisa diária feita pela Folha.
Forte queda 2 O preço atual do frango está 17% inferior ao do início do ano nas granjas paulistas, quando atingiu R$ 3 por quilo de ave viva. Apesar dessa queda, o valor atual supera em 39% o de março do ano passado.
No bolso Até o final de de março do ano passado, o preço do álcool vinha caindo nos postos de São Paulo. Neste ano, os preços subiram constantemente e terminam a terceira quadrissemana deste mês com alta de 5%.
Gasolina Os dados são da Fipe, que mostra alta também na gasolina. Após ter terminado fevereiro com alta de 4%, o derivado de petróleo sobe 0,8% na terceira quadrissemana deste mês (últimas quatro semanas).
Paranaenses exportam 4% mais frango no bimestre
As exportações paranaenses de frango aumentaram 3,8% no primeiro bimestre deste ano, em relação a igual período do ano passado.
Segundo o Sindiavipar (sindicato do setor), o faturamento alcançou US$ 310 milhões, ante R$ 298 milhões em igual período de 2012.
O valor médio da tonelada de carne de frango exportada teve valorização de 7%, subindo para US$ 1.977.
No acumulado do ano foram exportadas 162 mil toneladas, 28% do total naciona
Folhapress
Mauro Zafalon é jornalista e, em duas passagens pela Folha, soma mais de 35 anos de jornal. Escreve sobre commodities e pecuária.
Cafeicultores estão de olho na reunião do CMN
O setor de café está de olho nas decisões de amanhã do Conselho Monetário Nacional. Produtores e Ministério da Agricultura acertaram alguns pontos que querem ver aprovados nessa reunião.
Uma das propostas é a prorrogação por quatro meses dos financiamentos que vencem neste ano. Feita essa prorrogação, o setor quer um alongamento de 12 meses das parcelas que vão vencer.
Uma outra proposta feita para o CMN é uma revisão dos preços mínimos do café, atualmente defasados em relação aos custos, segundo Roberto Simões, presidente da Faemg (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais).
Edilson Alcântara, diretor do Departamento de Café do Ministério da Agricultura, diz que os preços mínimos propostos serão de R$ 340 para o café arábica e de R$ 180 para o conillon.
Simões diz que, aprovados esses valores, o setor vai pleitear que o governo utilize o instrumento de opções de compra e faça também leilões de Pepro (Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural). A intenção é a retirada de pelo menos 5 milhões de sacas de café do mercado.
Segundo ele, não há motivos para essa queda nos preços do café, uma vez que não há estoques e o consumo continua crescendo.
Além disso, produtores da América Central e da Colômbia passam por uma queda de produtividade devido a uma nova doença -a ferrugem- que ataca os cafezais dessas regiões. Só isso já seria motivo para alta do produto, diz ele.
Elmiro Nascimento, secretário de Agricultura de Minas Gerais -que esteve ontem em São Paulo para lançar a semana internacional de café, que ocorrerá em setembro em Belo Horizonte-, diz que o produtor necessita de R$ 350 a R$ 400 por saca para ter uma autonomia financeira.
Na avaliação dele, o país precisa desenvolver políticas de marketing para mostrar a qualidade a que chegou o produto brasileiro.
Segundo ele, já está sendo preparada uma campanha de marketing na qual serão investidos R$ 100 milhões.
Para Alcântara, os pontos básicos dessa campanha serão a qualidade do produto brasileiro, a sustentabilidade e a variedade de produtos existentes nas diversas regiões do país.