Agnocafé | CNC
25/08/2010
Cerca de uma centena de produtores de café de diferentes regiões do Peru marcharam de forma pacífica até as portas do Congresso do país, solicitando a aprovação do projeto de Lei 3747, que dá reconhecimento ao ato cooperativo entre as organizações e seus sócios, algo que a administração tributária desconhece e, assim, coloca em risco as cooperativas cafeeiras da zona de selva.
Dessa forma, os produtores do norte, centro e sul do Peru buscaram chamar a atenção dos congressistas sobre esse problema, que pode afetar mais de 50 mil famílias cafeicultoras organizadas em cooperativas.
O presidente da Junta Nacional do Café, César Rivas, explicou que as famílias cafeeiras têm, em média, 2 hectares e meio dedicados ao café. \”Os que colhem um pouco mais têm uma receita que não chega a 9 mil dólares anuais. Isso pode parecer muito, mas temos os custos, que atingem até 85% do montante. Esses produtores têm alguma complementação de renda com a venda de frutas ou outros trabalhos eventuais. Ou seja, não são grandes empresários, pelo contrário. No entanto, a tributação os trata como se fosse, desconhecendo o ato cooperativo\”, disse Rivas.
Os deputados da União Nacional, Raul Castro e Rafael Yamashiro, destacaram o grande esforço feito pelos produtores para desenvolver a cafeicultura peruana e lamentou que se pretenda impor uma dupla tributação a um setor tão importante.