O agrônomo Nelson Menoli também é produtor em Grandes Rios. Numa área de cinco hectares ele cultiva café em sistema adensado desde 1999. Em 2003, o cafeicultor colheu os primeiros frutos da plantação.
Respeitando as técnicas da produção adensada, Menoli realizou o plantio parcelado do café e esse ano deve concluir o cultivo de 0,5 hectare restante na propriedade. Em 2004, ele realizou a poda da primeira parcela cultivada em 1999. No ano passado, essa área produziu apenas 22 sacas/hectare. ”Esse ano a média desse mesmo talhão foi de 125 sacas/ha”, comemora. Normalmente a produtividade média do cafezal é de 38 sacas/ha, informa o agrônomo.
Segundo ele, a seca elevou o custo médio de produção de uma saca de café adensado, que girou em torno de R$ 125 nos últimos três anos. ”O custo normal é inferior a R$ 100”, calcula.
Todo o dinheiro da venda do café é reinvestido na propriedade. ”Aumentei o terreirão, construí uma tulha e um sistema rústico de lavador e separador para melhorar a qualidade da bebida”, conta Menoli, que em época de colheita gera até oito empregos diretos para o município.
O presidente da Associação dos Cafeicultores de Grandes Rios, Adão Santo Daré, manteve uma produtividade média de 44 sacas/ha no cultivo adensado de café nos últimos 10 anos. Contando com apenas 12 hectares quando iniciou a atividade, em 1996, o cafeicultor tem hoje cerca de 30 hectares cultivados com café, além de uma infra-estrutura de fazer inveja aos vizinhos, com secador rotativo, tulha e terreirão grande. ”Em 1998, a produtividade média do cafezal do Daré chegou a 150 sacas/ha”, recorda Nelson Menoli.
Segundo ele, graças à associação, os produtores de Grandes Rios conseguiram realizar a venda futura de 1,5 mil sacas de café este ano. ”No ano passado, eles comercializaram 2,3 mil sacas a cerca de R$ 300, enquanto o mercado comum pagava R$ 200/saca”, orgulha-se. (M.G.)