Os produtores de café da Alta Mogiana, região que inclui Franca e outros 14 municípios no nordeste de São Paulo, são os primeiros do Estado a conquistar o selo de origem e procedência do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). O certificado de identificação geográfica é o terceiro concedido no país – os outros dois foram para as regiões do Cerrado Mineiro e Serra da Mantiqueira.
A partir de maio, todas as sacas de café produzidas na Alta Mogiana serão estampadas com o selo, que além de identificar a origem do produto, é uma garantia de qualidade para o consumidor.
O vice-presidente da Associação dos Produtores de Café da Alta Mogiana (AMSC), Milton Cerqueira Pucci, explicou que a identificação valoriza carcterísticas próprias de cada origem. “Nossa peculiaridade é o equilíbrio entre corpo, doçura e acidez. Isso é o que nos diferencia dos demais cafés e passaremos a ser reconhecidos por isso, inclusive no exterior”, disse.
Para receber o certificado, os produtores devem respeitar critérios como não possuir embargos trabalhistas ou ambientais e obter pelo menos 75 pontos na escala SCAA (Associação Americana de Cafés Especiais), que avalia parâmetros como torra do café, concentração de elementos sólidos solúveis, aroma, fragrância, entre outros. A Associação será responsável pela auditoria dos lotes e dos critérios exigidos. “Isso não significa elitizar o selo. O produtor que tem um método simples de cultivo poderá receber desde que cumpra as normas, que não estão relacionadas a altos investimentos tecnológicos”, afirmou Pucci.
Em 2011, a Alta Mogiana produziu 813 mil sacas de café beneficiado, em 53 mil hectares de lavouras. Segundo a Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento, a expectativa é que a produção dobre em 2012, colocando a região como líder paulista na oferta de café.
Fonte: G1 Ribeirão e Franca // CCCMG