Cafeicultores amanheceram nas rodovias do Sul de Minas pedindo socorro para o setor

As dificuldades para manter o negócio do cafe foram temas de uma manifestação no Sul de Minas, Cerrado e no Espirito Santo. As duas principais preocupações do setor são com os custos mais altos que os valores pagos pelas sacas e a falta de negociação dos prazos das dívidas. Para Junior Vilela , cafeicultor de Cabo Verde ” café é o principal negocio da minha família ha mais de 100 anos, e neste momento mesmo tendo uma propriedade produtiva não estamos conseguindo manter os rendimentos, é preciso termos uma ação mais efetiva na politica de remuneração”, falou ao representar os cafeicultores.

A diretoria da maior cooperativa de café do pais, esteve presentes ” vemos que este é um movimento legitimo, precisamos neste momento unir forças, nossas lideranças politicas estão em Brasilia buscando soluções, explica Carlos Augusto presidente da Cooxupe.

Prefeitos, vereadores, deputados federais, presidente de sindicatos ,lideranças e muitos cafeicultores do sul de Minas sairam com as máquinas pelas rodovias da região na manha desta segunda feira no sul de Minas.

cafeicultor de cabo verde

O evento organizado por 10 produtores de café de Cabo Verde no interior de Minas mobilizou produtores no Cerrado e no Espirito Santo. O deputado estadual Emidio Madeira após realizar reuniões com representantes dos principais bancos financiadores dos negocios do café ,solicitou ao Ministério da Agricultura que o técnico Cleber Vilela ,funcionário de carreira do ministério ficasse a disposição do gabinete em Brasilia. Agora temos um profissional para dar suporte as agencias e aos nossos produtores locais para negociação das dívidas com um prazo maior, explicou o deputado.

Rodovias lotadas de tratores de cafeicultores

Também esteve presente o dapetudo federal, Odair Cunha , que falou da importarcia para a economia dos pequenos municipios do café nós precisamos desenvolver cada vez mais uma política em que o produtor de café seja valorizado. Minas é o estado brasileiro que mais produz o grão, portanto, valorizar o café é valorizar a economia mineira.

Para chamar a atenção Cafeicultores do Cerrado,Sul de Minas e Espírito Santo levaram os tratores para as rodovias. Com o objetivo de conseguirem melhores preços e prorrogação dos prazos para os financiamentos. O cafeicultor Marcelo Oliveira a quarta geração produzindo café em Cabo Verde fala das dificuldades enfrentadas pelo setor para manter as finanças em dia.

Jerônimo Giacchetta , presidente do Sindicato dos produtores de Cabo Verde e diretor da Fiemg falou da importancia da prorrogação dos prazos e que os cafeicultores precisam ficar atentos para não perderem oportunaidades de renegoaciações. Para Arnaldo Botrel, presidente da Assul, Associação dos Sindicatos Rurais do Sul de Minas, os cafeicultores precisam ficar neste momento mais proximos dos seus sindicatos e unidos em busca de ações que fortaleçam as reividicações almejadas.

A diminuição do volume de crédito é o que preocupa a agricultura, sem os financiamentos fica dificil para o pequeno cafeicultor, diz o cafeicultor Carlos Paulino,que comandou a Cooxupé por 16 anos e fez questão de participar do evento, é preciso coragem para ser cafeicultor.

A população colocou faixas e cartazes em apoio aos cafeicultores, estudantes também foram para as ruas em solidariedades a realizadade vivida pelos pais.

Fonte:Café em Foco