Os cafeicultores brasileiros tiveram uma alta de 22,7% no faturamento com as exportações do grão em fevereiro, na comparação com o mesmo período do ano passado.
Cafeicultor fatura mais com exportação
Os cafeicultores brasileiros tiveram uma alta de 22,7% no faturamento com as exportações do grão em fevereiro, na comparação com o mesmo período do ano passado.
O valor passou de USS 177,049 bilhões para US$ 217,246 bilhões, segundo dados divulgados pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). No acumulado do ano-safra 2004/2005 a 2005/2006, o aumento foi de 24,2% na receita.
Os embarques do café conillon tiveram destaque no mês passado, com um aumento de 62,8% em volume exportado. Os principais compradores do café verde brasileiro são a Alemanha e os Estados Unidos. Em fevereiro, a Itália aumentou em 42,86% as compras do café brasileiro e a Bélgica comprou 10,60% mais.
Embarques mineiros
Segundo dados da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), Minas Gerais exportou cerca de 970 mil toneladas de café em 2005, o que gerou uma renda de US$ 1,9 bilhão.
Houve redução de 2% no volume exportado em relação a 2004, porém a renda cresceu 50% em relação ao mesmo ano. “Isto (alta na renda) ocorreu devido ao baixo volume do estoque mundial”, afirma o assessor da Comissão Técnica de Café da Faemg, Rodrigo Pontes.
A expectativa para o primeiro semestre de 2006 é de que os preços se mantenham em alta. A saca de 60 quilos é vendida, em média a R$ 258. O Estado é o maior produtor de café do país, com uma produção estimada entre 19,478 mil e 22,125 mil sacas de café beneficiado, participando com 50% da produção nacional.
O Sul de Minas, principal pólo cafeicultor do Estado, responde por 50% da produção. Para a próxima safra (2006/2007), segundo informações da Faemg, a região Sul deverá ter uma perda de 8,87% na produção de 10,5 milhões de toneladas previstas, o que corresponde a 993 mil sacas.
O motivo é a estiagem. “A falta de chuvas no período de formação dos grãos prejudicou o desenvolvimento provocando uma espécie de paralisação na planta, o que resultou na perda de todo o café que já estava se formando”, explica o técnico da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Alysson Vilela Fagundes.