Os produtores estão começando a desovar o produto diante de um cenário positivo de preço
Viviane Monteiro
Apesar da recomendação de algumas cooperativas para que os cafeicultores retenham seus estoques de café, na expectativa de alta dos preços, 29% da safra 2007/08, estimada em 32,06 milhões de sacas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) já foi comercializada. Segundo levantamento da Safras & Mercado, o ritmo de comercialização neste ano está 2% mais acelerado do que o mesmo período da safra anterior, quando as vendas atingiam 27% da safra de 42,512 milhões de sacas. No ano passado, o produtor também postergou a venda da mercadoria à espera de preços melhores.
Os produtores estão começando a desovar o produto diante de um cenário positivo de preço. Porém, o analista da Safras & Mercado, Gil Barabach, chama a atenção para a falta de café no mercado por conta da safra menor e da estratégia dos produtores de postergarem as vendas na espera de preços futuros mais remuneradores. “É um contra-senso dizer que o mercado não está andando, uma vez que o fluxo de vendas está maior nesta temporada”.
Preços melhores em dólar
Segundo Barabach, o café foi vendido em julho a US$ 122,98 a saca (60 kg) em média no Sul de Minas (MG), a um dólar médio de R$ 1,88. É o maior patamar das últimas quatro safras. No ciclo anterior, o preço médio do café tinha sido de US$ 116 a saca, quando a taxa média de câmbio chegou a R$ 2,26.
Entretanto, quando convertida para a moeda nacional, a receita média da saca de café em julho ficou em R$ 229,36 a saca, 12,59% menos que a negociada na safra anterior, a R$ 262 a saca. “O resultado poderia ser melhor se a receita não fosse corroída pela depreciação do dólar ante o real”, disse o analista da consultoria.
A safra atual deve ficar abaixo das 32,06 milhões de sacas previstas, por conta do clima “irregular” no início do ano.
Publicação: 10/08/07
Apesar da recomendação de algumas cooperativas para que os cafeicultores retenham seus estoques de café, na expectativa de alta dos preços, 29% da safra 2007/08, estimada em 32,06 milhões de sacas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) já foi comercializada. Segundo levantamento da Safras & Mercado, o ritmo de comercialização neste ano está 2% mais acelerado do que o mesmo período da safra anterior, quando as vendas atingiam 27% da safra de 42,512 milhões de sacas. No ano passado, o produtor também postergou a venda da mercadoria à espera de preços melhores.
Os produtores estão começando a desovar o produto diante de um cenário positivo de preço. Porém, o analista da Safras & Mercado, Gil Barabach, chama a atenção para a falta de café no mercado por conta da safra menor e da estratégia dos produtores de postergarem as vendas na espera de preços futuros mais remuneradores. “É um contra-senso dizer que o mercado não está andando, uma vez que o fluxo de vendas está maior nesta temporada”.
Preços melhores em dólar
Segundo Barabach, o café foi vendido em julho a US$ 122,98 a saca (60 kg) em média no Sul de Minas (MG), a um dólar médio de R$ 1,88. É o maior patamar das últimas quatro safras. No ciclo anterior, o preço médio do café tinha sido de US$ 116 a saca, quando a taxa média de câmbio chegou a R$ 2,26.
Entretanto, quando convertida para a moeda nacional, a receita média da saca de café em julho ficou em R$ 229,36 a saca, 12,59% menos que a negociada na safra anterior, a R$ 262 a saca. “O resultado poderia ser melhor se a receita não fosse corroída pela depreciação do dólar ante o real”, disse o analista da consultoria. A safra atual deve ficar abaixo das 32,06 milhões de sacas previstas, por conta do clima “irregular” no início do ano.