Cafeicultor estuda cenário para opção

28 de janeiro de 2014 | Sem comentários Análise de Mercado Mercado

27/01/2014


Cooperativas e produtores que adquiriram contratos de opção de venda de café nos leilões realizados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) no ano passado vão decidir em março se exercem seu direito de entregar o produto ao governo.


No início do mês, quando os preços do café de boa qualidade – no mesmo padrão que poderá ser entregue à Conab – estavam entre R$ 320 e R$ 330 por saca, muitos produtores prefeririam vender no mercado físico, para receber à vista.


O preço de referência da Conab para o café arábica nas opções é de R$ 343 por saca. Mas a operação tem custos, como os relativos ao depósito do produto e impostos. Por isso, em um patamar próximo dos R$ 343 seria mais vantajoso vender no mercado.


Mas se o preço cair e continuar nos patamares atuais de R$ 300 ou menos, é mais vantajoso entregar o café à Conab, dizem corretores e representantes do setor. “Pelo andar da carruagem, vão entregar tudo [à Conab]“, afirma Edson Koshiba, da Pleno Corretora de Café, de Patrocínio, no Cerrado Mineiro.


Na região de Patrocínio, por exemplo, a saca do café fino valia R$ 300 na quinta-feira, ante R$ 260 a R$ 270 no início de dezembro de 2013 e R$ 320 a R$ 330 no início deste mês.


A decisão de exercer ou não a opção deve ser tomada em março, diz Lúcio Dias, superintendente comercial da Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé), no Sul de Minas, a maior do país. Segundo ele, como a Conab não tem armazéns suficientes para receber todo o volume (foram feitos leilões de opções para 3 milhões de sacas de café), as cooperativas disponibilizam seus armazéns para receber o produto com a supervisão da Conab.


A operação envolvendo as opções é “trabalhosa e custosa” e, caso a situação do mercado se inverta desestimulando a entrega à Conab, o trabalho de preparar os armazéns é perdido e seu custo é repassado aos produtores, segundo Dias. Por isso, a Cooxupé fez um acordo com seus cooperados entre outubro e novembro e pagou R$ 290 por saca de café que poderá ser entregue à Conab – um volume de 620 mil sacas.


Os R$ 53 de diferença por saca entre os R$ 343 do preço de referência das opções e os R$ 290 pagos pela cooperativa referem-se aos juros de antecipação do dinheiro e outras taxas. Se o preço subir acima dos R$ 343, e o café não for entregue à Conab, a cooperativa pagará uma diferença ao produtor (sobre os R$ 290 já acertados).


Fonte : Valor Econômico

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27/01/2014

 

Cooperativas e produtores que adquiriram contratos de opção de venda de café nos leilões realizados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) no ano passado vão decidir em março se exercem seu direito de entregar o produto ao governo.

No início do mês, quando os preços do café de boa qualidade – no mesmo padrão que poderá ser entregue à Conab – estavam entre R$ 320 e R$ 330 por saca, muitos produtores prefeririam vender no mercado físico, para receber à vista.

O preço de referência da Conab para o café arábica nas opções é de R$ 343 por saca. Mas a operação tem custos, como os relativos ao depósito do produto e impostos. Por isso, em um patamar próximo dos R$ 343 seria mais vantajoso vender no mercado.

Mas se o preço cair e continuar nos patamares atuais de R$ 300 ou menos, é mais vantajoso entregar o café à Conab, dizem corretores e representantes do setor. “Pelo andar da carruagem, vão entregar tudo [à Conab]”, afirma Edson Koshiba, da Pleno Corretora de Café, de Patrocínio, no Cerrado Mineiro.

Na região de Patrocínio, por exemplo, a saca do café fino valia R$ 300 na quinta-feira, ante R$ 260 a R$ 270 no início de dezembro de 2013 e R$ 320 a R$ 330 no início deste mês.

A decisão de exercer ou não a opção deve ser tomada em março, diz Lúcio Dias, superintendente comercial da Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé), no Sul de Minas, a maior do país. Segundo ele, como a Conab não tem armazéns suficientes para receber todo o volume (foram feitos leilões de opções para 3 milhões de sacas de café), as cooperativas disponibilizam seus armazéns para receber o produto com a supervisão da Conab.

A operação envolvendo as opções é “trabalhosa e custosa” e, caso a situação do mercado se inverta desestimulando a entrega à Conab, o trabalho de preparar os armazéns é perdido e seu custo é repassado aos produtores, segundo Dias. Por isso, a Cooxupé fez um acordo com seus cooperados entre outubro e novembro e pagou R$ 290 por saca de café que poderá ser entregue à Conab – um volume de 620 mil sacas.

Os R$ 53 de diferença por saca entre os R$ 343 do preço de referência das opções e os R$ 290 pagos pela cooperativa referem-se aos juros de antecipação do dinheiro e outras taxas. Se o preço subir acima dos R$ 343, e o café não for entregue à Conab, a cooperativa pagará uma diferença ao produtor (sobre os R$ 290 já acertados).

Fonte: Carine Ferreira, Valor Econômico

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