Cafeicultores da América Central se mostraram contrários à intenção dos exportadores do Brasil de pedir redução no desconto aplicado ao café arábica do País negociado na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). Um possível tratamento mais favorável ao País foi alvo de questionamentos nesta quarta-feira, uma vez que, se o Brasil obtiver um preço melhor, significaria aumento dos estoques certificados da bolsa e cotações mais baixas.
Nesta terça-feira, 21, o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (CeCafé) afirmou que pretende pedir aos representantes da ICE redução do desconto de 9 centavos de dólar por libra-peso aplicado hoje para cumprimento de contratos futuros de arábica. O desconto é realizado desde 2010, quando a entrega do produto naquela bolsa foi autorizada.
Mas, de acordo com a ICE, nenhum grão brasileiro foi ofertado para os contratos de março e de maio. Segundo o diretor-geral do CeCafé, Guilherme Braga, isso é reflexo dos baixos preços e do desconto. A entidade prepara um relatório sobre o tema para ser apresentado à ICE nos próximos 60 a 90 dias. As informações são da Dow Jones.