Cepea, 17 – As exportações brasileiras totais de café estão firmes em termos de volume na safra 2013/14. Segundo dados do Conselho dos Exportadores de Café (CeCafé), no acumulado da temporada (de julho/13 a maio/14), o volume enviado somou 31 milhões de sacas, 9,2% acima do mesmo período da anterior. Agentes do setor consultados pelo Cepea consideram bom o desempenho da atual temporada. Mesmo faltando um mês para o encerramento da safra, os embarques já superaram em 500 mil sacas o volume verificado em toda a temporada anterior (de julho/12 a junho/13).
O maior ritmo das exportações no ano-safra 2013/14 deve-se ao elevado volume disponível do grão no mercado interno em comparação com a temporada anterior (2012/13). Outro fator que contribuiu para o&nb sp;aumento nas vendas externas foi a recuperação dos preços nos primeiros meses de 2014, impulsionando a comercialização do grão, mesmo no período de entressafra. Dados da CeCafé apontam que o volume de café brasileiro embarcado na parcial deste ano (de janeiro a maio) aumentou 18,7% para a União Europeia e 27,1% para a América do Norte frente ao mesmo período do ano passado.
No entanto, mesmo com a alta dos preços nos últimos meses, o valor FOB continua inferior ao observado em 2012/13. Na parcial de 2013/14, a média de preços FOB está em US$ 153,56/saca de 60 kg, enquanto a da temporada passada foi de US$ 195,39/saca. Assim, a receita com as exportações continua registrando um montante menor nesta temporada frente à anterior. Segundo o CeCafé, de julho/13 a maio/14, o montante obtido com envios totais de café somou US$ 4,7 bilhões, 20,1% menos que no mesmo período de 2012/13.
Quanto ao desempenho mensal, segundo o CeCafé, as exportaç& otilde;es brasileiras de café verde (arábica e robusta) totalizaram 2,65 milhões de sacas de 60 kg em maio/14, queda de 5,4% em relação a abril/14. Os envios totais, que incluem o café verde, torrado e moído e solúvel, somaram 2,92 milhões de sacas, queda de 5,9% na mesma comparação. Já em receita total, o acomulado em maio foi de US$ 539,5 milhões, ligeiro aumento de 0,2% frente a abril. Isso porque o preço FOB de maio foi de US$ 184,57/saca, expressivos 6,5% maior ;que o do mês anterior.
Em relação ao mercado de arábica, os preços da variedade ainda oscilam no Brasil, mas registram avanço no acumulado da semana. A saca de 60 kg voltou a ser negociada próxima dos R$ 400,00. O impulso veio da alta das cotações externas, que, apesar de também alternarem com força, acumulam aumento entre 9 e 16 de junho. As negociações no mercado interno, contudo, ainda estão lentas.
Nessa segunda-feira, 16, o Indicador CEPEA/ESALQ do&nb sp;arábica tipo 6 bebida dura para melhor, posto em São Paulo, fechou a R$ 398,10/saca de 60 kg, aumento de 3,4% em relação à segunda anterior, 9.
Na Bolsa de Nova York (ICE Futures), o contrato de arábica com vencimento em setembro fechou na segunda-feira a 179,40 centavos de dólar por libra-peso, expressivo aumento de 8,5% em relação à segunda anterior. A moeda norte-americana fechou a R$ 2,234 na segunda, pequena valorização de 0,2% no mesmo período.
No mercado d e robusta, os preços também registram elevação, mas os fechamentos seguem limitados. O Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6 peneira 13 acima fechou a R$ 235,38/saca de 60 kg nessa segunda-feira, alta de 2,5% em relação à segunda anterior. O tipo 7/8 bica corrida finalizou a R$ 227,50/sc, avanço de 2% no mesmo período – ambos a retirar no Espírito Santo.