Café volta a subir na ICE, voltado para preço mínimo e frio

08/05/2013  Café da terra



Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US mantiveram o bom comportamento iniciado no final da semana passada e voltaram a registrar valorização. Apesar do avanço, o julho não chegou a testar o intervalo de 143,00 centavos e, assim, stops de compra não se verificaram, com os ganhos, ao final do dia, sendo apenas modestos.


O dia foi marcado pela atenção dos players a dois fatores fundamentais. O primeiro foi a questão climática. As zonas cafeeiras do centro-sul do Brasil passaram, pela primeira vez no ano, a sentir uma onda de frio. A expectativa de meteorologistas é que neste maio as regiões sejam atingidas por duas dessas ondas. Além da atual, outra deverá atingir essa parte do país entre os dias 22 e 24, sendo que, diante disso, o temor quanto às geadas continua a existir.


Outro fator que gerou comentários entre os players foi a definição do reajuste do preço mínimo para o café no Brasil. O Conselho Monetário Nacional aprovou o aumento do valor para a saca de arábica de R$ 261,69 para R$ 307 a saca, o que representa o incremento de 17,3%. O novo preço passa a valer para a safra que está sendo colhida. Ao contrário do que se esperava, o valor do conillon não foi reajustado. Além do novo preço mínimo do café arábica, o Conselho já havia aprovado voto proposto pelo Ministério da Agricultura com a reprogramação dos vencimentos de estocagem do grão, alongando para 12 parcelas a partir de 31 de maio.


No encerramento do dia em Nova Iorque, a posição julho teve alta de 95 pontos, com 142,70 centavos de dólar por libra peso, com a máxima em 142,90 centavos e a mínima de 140,50 centavos, com o setembro tendo valorização de 85 pontos, com 144,80 centavos por libra, com a máxima em 145,00 centavos e a mínima em 142,75 centavos. Na Euronext/Liffe, em Londres, o julho teve queda de 10 dólares, com em 2.010 dólares por tonelada, com o setembro tendo desvalorização de 10 dólares, no nível de 2.036 dólares por tonelada.


De acordo com analistas internacionais, o dia foi caracterizado pelas avaliações dos players sobre as notícias vindas do Brasil. Alguns desses analistas ressaltaram que a questão do preço mínimo em si não deverá refletir no humor do mercado, mas a instrumentalização de algum plano de apoio em função desse valor pode dar suporte para uma mudança de humor em Nova Iorque. A partir do reajuste, por exemplo, poderiam ser implantadas ações como os leilões de opções, visando a retirada de determinada quantidade de café do mercado, principalmente neste período de pré-colheita.


Os ganhos do café estiveram dissociados de algumas commodities importantes, como petróleo e ouro, mas, sendo que a maior parte dos softs também teve um dia negativo. “Foi uma sessão de continuidade dos ganhos e da manutenção do julho acima do nível de 140,00 centavos. É um passo para nos afastarmos das mínimas recentes, no entanto, seria importante que, no curto prazo, a segunda posição pudesse ultrapassar resistências efetivas, como é o caso dos 145,00 centavos”, disse um trader.


Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram alta de 2.670 sacas, indo para 2.739.975 sacas.


O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 19.932 lotes, com as opções tendo 2.702 calls e 4.043 puts — floor mais eletrônico.


Tecnicamente, o julho na ICE Futures US tem resistência em 142,90-143,00, 143,30, 143,50, 144,00, 144,50, 144,90-145,00, 145,50, 146,00. 146,50 e 147,00 com o suporte em 140,50,140,10-140,00, 139,50, 139,00-138,95, 138,50, 138,00, 137,50, 137,00, 136,50, 136,00, 135,50, 135,10-135,00, 135,00, 134,50, 134,00, 133,50, 133,00, 132,70, 132,50, 132,00, 131,50 e 131,00 centavos.


Fonte : Agnocafe


 

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