Os preços do café apresentaram uma forte reação no ano passado. Até 2004, a cotação da saca de 60 quilos variava entre US$ 45 e US$ 60; em 2005, o preço da saca chegou a ultrapassar os US$ 100. E esta cotação só não está melhor devido a um fator: a desvalorização do dólar frente ao real. Comparando com outras commodities, o preço está muito bom. No entanto, o perfil da cultura é de pequenos produtores , salienta Paulo Sérgio Franzine, coordenador estadual de café da Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento (Seab). O café traz uma rentabilidade maior para pequenas áreas. Para efeitos de comparação, um hectare de soja, com produtividade média de 55 sacas, rende ao agricultor cerca de R$ 1,5 mil. Já um hectare de café, com produtividade de 45 sacas, chega a render R$ 11,3 mil. Em média, um hectare de café rende sete hectares de soja. A soja precisa produzir muito para trazer algum lucro devido a seu alto custo de produção com investimentos em tratores e colheitadeiras , explica Franzine.
No entanto, a cultura exige muita mão-de-obra. Hoje, é difícil encontrar trabalhadores rurais devido ao êxodo do campo e, além disso, as leis trabalhistas dificultaram muito , afirma o coordenador do programa. Mas ele acrescenta que a cultura vive uma alternância de preços. São quatro anos de baixos preços e outros quatro de boas cotações, isso devido ao próprio ciclo da planta, que alterna altas e baixas produtividades. Para driblar esse período, a sugestão é investir em lavouras adensadas e fazer sempre a renovação das plantas. Em períodos de baixos preços, o cafeicultor tem que ter produtividade para não ter prejuízo. Já na época de preços bons, devem ser feitos investimentos na lavoura com a renovação das plantas e manejo adequado , explica Franzine. Segundo ele, a implantação da lavoura tem custo de R$ 5 mil por hectare, investimento que já é amortizado na primeira ou na segunda colheita. (F.M.)
06/03/2006
Os preços do café apresentaram uma forte reação no ano passado. Até 2004, a cotação da saca de 60 quilos variava entre US$ 45 e US$ 60; em 2005, o preço da saca chegou a ultrapassar os US$ 100. E esta cotação só não está melhor devido a um fator: a desvalorização do dólar frente ao real. ”Comparando com outras commodities, o preço está muito bom. No entanto, o perfil da cultura é de pequenos produtores”, salienta Paulo Sérgio Franzine, coordenador estadual de café da Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento (Seab).
O café traz uma rentabilidade maior para pequenas áreas. Para efeitos de comparação, um hectare de soja, com produtividade média de 55 sacas, rende ao agricultor cerca de R$ 1,5 mil. Já um hectare de café, com produtividade de 45 sacas, chega a render R$ 11,3 mil. ”Em média, um hectare de café rende sete hectares de soja. A soja precisa produzir muito para trazer algum lucro devido a seu alto custo de produção com investimentos em tratores e colheitadeiras”, explica Franzine.
No entanto, a cultura exige muita mão-de-obra. ”Hoje, é difícil encontrar trabalhadores rurais devido ao êxodo do campo e, além disso, as leis trabalhistas dificultaram muito”, afirma o coordenador do programa. Mas ele acrescenta que a cultura vive uma alternância de preços. São quatro anos de baixos preços e outros quatro de boas cotações, isso devido ao próprio ciclo da planta, que alterna altas e baixas produtividades. Para driblar esse período, a sugestão é investir em lavouras adensadas e fazer sempre a renovação das plantas.
”Em períodos de baixos preços, o cafeicultor tem que ter produtividade para não ter prejuízo. Já na época de preços bons, devem ser feitos investimentos na lavoura com a renovação das plantas e manejo adequado”, explica Franzine. Segundo ele, a implantação da lavoura tem custo de R$ 5 mil por hectare, investimento que já é amortizado na primeira ou na segunda colheita. (F.M.)