Café totalmente rastreado Abic e Caccer querem garantir o grão, da lavoura ao consumidor

27 de novembro de 2006 | Sem comentários Produção Sustentabilidade
Por: O Estado de São Paulo

AGRÍCOLA CERTIFICAÇÃO


Café totalmente rastreado Abic e Caccer querem garantir o grão, da lavoura ao consumidor


Beth Melo


Garantir a rastreabilidade do café, da lavoura à xícara. Esta é a proposta do Programa cafés Sustentáveis do Brasil, iniciativa conjunta da Associação Brasileira das Indústrias de café (Abic) e do Conselho das Associações de Cafeicultores do Cerrado (Caccer), que visa a harmonizar o Programa de Qualidade do café (PQC), da Abic, e o Programa de Certificação do café do Cerrado, do Caccer.


As normas sobre a certificação serão aprovadas este mês, em Guarapari (ES), durante o 14º Encafé – Encontro Nacional das Indústrias de café, promovido pela Abic, de 22 a 26. Segundo o diretor-executivo da Abic, Nathan Herszkowicz, no evento será definido um regulamento comum, que garanta a oferta de cafés em grãos e de produtos diferenciados, de alta qualidade e valor agregado, para atender ao consumidor.


ACORDOS


A Abic quer assinar acordos de reconhecimento mútuo com associações de produtores que possuem alguma certificação de sustentabilidade, como o café do Cerrado, com o qual firmou a primeira parceria.


A expectativa de Fernando Gichini Lopez, diretor do Instituto Toton – responsável pelo gerenciamento do PQC e pelo Programa Selo de Pureza, ambos da Abic -, é que entre as mais de 150 marcas certificadas pela Abic várias utilizem produtos de origem comprovada e trabalhe com sustentabilidade. “Se a marca enquadrar-se nesse perfil poderá ter o novo selo”, afirma. “Queremos unir os dois elos”, observa Lopes, acrescentando que o PQC, da Abic, é voltado para a indústria e o programa café do Cerrado, para o produtor.


“Só poderá ter o selo o café torrado e moído de boa qualidade, do ponto de vista do consumidor e do industrial, e que prove que 60% do blend utilizado é procedente de fazendas com foco na sustentabilidade”, diz Herszkowicz.


INTERESSE


Segundo Lopez, o quesito sustentabilidade começa despertar o interesse do consumidor brasileiro. “Já existe um movimento nesse sentido”, ressalta, acrescentando que no exterior isso é uma exigência. Ele cita a iniciativa da rede Ibis de hotéis, que anunciou a intenção de servir somente cafés sustentáveis. “É o chamado fair trade, o que significa comércio justo e prevê o uso controlado de defensivos químicos, cuidados com o meio ambiente, e proíbe a utilização de mão-de-obra infantil, entre outras normas.”

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Café totalmente rastreado – Abic e Caccer querem garantir o grão, da lavoura ao consumidor

Publicação: 16/11/06

17 de novembro de 2006 | Sem comentários Produção Sustentabilidade
Por: O Esatdo de S. Paulo


Abic e Caccer querem garantir o grão, da lavoura ao consumidor


Por Beth Melo

Garantir a rastreabilidade do café, da lavoura à xícara. Esta é a proposta do Programa Cafés Sustentáveis do Brasil, iniciativa conjunta da Associação Brasileira das Indústrias de Café (Abic) e do Conselho das Associações de Cafeicultores do Cerrado (Caccer), que visa a harmonizar o Programa de Qualidade do Café (PQC), da Abic, e o Programa de Certificação do Café do Cerrado, do Caccer.

As normas sobre a certificação serão aprovadas este mês, em Guarapari (ES), durante o 14º Encafé – Encontro Nacional das Indústrias de Café, promovido pela Abic, de 22 a 26. Segundo o diretor-executivo da Abic, Nathan Herszkowicz, no evento será definido um regulamento comum, que garanta a oferta de cafés em grãos e de produtos diferenciados, de alta qualidade e valor agregado, para atender ao consumidor.


ACORDOS

A Abic quer assinar acordos de reconhecimento mútuo com associações de produtores que possuem alguma certificação de sustentabilidade, como o Café do Cerrado, com o qual firmou a primeira parceria.

A expectativa de Fernando Gichini Lopez, diretor do Instituto Toton – responsável pelo gerenciamento do PQC e pelo Programa Selo de Pureza, ambos da Abic -, é que entre as mais de 150 marcas certificadas pela Abic várias utilizem produtos de origem comprovada e trabalhe com sustentabilidade. “Se a marca enquadrar-se nesse perfil poderá ter o novo selo”, afirma. “Queremos unir os dois elos”, observa Lopes, acrescentando que o PQC, da Abic, é voltado para a indústria e o programa Café do Cerrado, para o produtor.

“Só poderá ter o selo o café torrado e moído de boa qualidade, do ponto de vista do consumidor e do industrial, e que prove que 60% do blend utilizado é procedente de fazendas com foco na sustentabilidade”, diz Herszkowicz.


INTERESSE

Segundo Lopez, o quesito sustentabilidade começa despertar o interesse do consumidor brasileiro. “Já existe um movimento nesse sentido”, ressalta, acrescentando que no exterior isso é uma exigência. Ele cita a iniciativa da rede Ibis de hotéis, que anunciou a intenção de servir somente cafés sustentáveis. “É o chamado fair trade, o que significa comércio justo e prevê o uso controlado de defensivos químicos, cuidados com o meio ambiente, e proíbe a utilização de mão-de-obra infantil, entre outras normas.”

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