Café torrado deverá seguir novas normas de qualidade e de limites de impureza

A partir de fevereiro, café não poderá ter mais de 1% de impurezas

25 de maio de 2010 | Sem comentários Consumo Torrefação

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25/05/2010 

O café torrado consumido pelos brasileiros não poderá ter, a partir de fevereiro de 2011, mais de 1% de impurezas. Os critérios mais rigorosos de avaliação da qualidade do grão torrado estão na instrução normativa assinada hoje pelo ministro da Agricultura, Wagner Rossi, e que será publicada amanhã no Diário Oficial da União (DOU).


Além do percentual de impurezas, a regulamentação também define um padrão básico de sabor, aroma e fragrância do café que, de acordo com uma pesquisa da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), é a segunda bebida mais consumida no país, perdendo apenas para a água. A pesquisa mostra que 97% dos brasileiros com mais de 15 anos tomam café diariamente.


— Considero a norma um marco na cafeicultura nacional. É uma forma de respeito ao brasileiro que aprecia e tem o hábito de tomar café, e também a valorização deste mercado que tem crescido, em média, 5% ao ano no país, tornando-o o segundo maior consumidor do mundo — afirmou Rossi.


De acordo com o ministério da Agricultura, a nova legislação, a primeira feita para o café torrado consumido no país, levou três anos para ficar pronta e teve a participação de técnicos do governo e do setor privado. O prazo de nove meses para que as regras entrem em vigor será usado, segundo o secretário de Produção e Agroenergia do ministério, Manoel Bertone, para adaptação das indústrias de torrefação e também para treinamento de fiscais.


— Todo produto terá controlada a impureza e até os órgãos públicos terão que respeitar as exigências quando adquirirem café para consumo dos funcionários — disse Bertone.


— Com essas medidas, a médio prazo, teremos empresas bem ajustadas para oferecer um produto de melhor qualidade a um consumidor que é cada vez mais exigente.


Para Natan Hersckowicz, diretor da Abic, a regulamentação é um marco que deve ser seguido por outros países.


— Não tenho dúvida de que a Organização Internacional do Café reconhecerá essa iniciativa como pioneira e recomendará a outros países que adotem normas similares.


O Brasil é o maior produtor e exportador de café do mundo e obteve, em 2009, US$ 4,27 bilhões com os embarques do grão para o exterior. Os principais compradores do café brasileiro são Alemanha, Estados Unidos, Itália e Japão.
AGÊNCIA BRASIL

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