Café terá padrão mínimo de qualidade

Até o final deste ano, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) deve concluir a elaboração da instrução normativa que estabelecerá padrões mínimos de identidade e qualidade para a classificação do café torrado e moído comercializado no mercado interno e importado de outros países. Com isso, os fiscais federais agropecuários passarão a monitorar as condições do produto oferecido à população brasileira. A instrução está sendo elaborada pelo Departamento de café, Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal – vinculados ao ministério – e Associação Brasileira da Indústria de café (Abic).

Quando for concluída, será submetida à consulta pública por 60 dias. Nesse prazo, a cadeia produtiva da cafeicultura e os consumidores poderão apresentar propostas. “Ainda não existe essa norma na esfera federal”, assinala a diretora do Departamento de Origem Vegetal, ngela Peres. “A elaboração da instrução normativa é importante porque tornará obrigatória a classificação do café oferecido ao consumidor brasileiro, além de priorizar a avaliação da qualidade da bebida”.

Ela esclarece que a fiscalização não é obrigatória para o produto exportado pelo país. “Esse monitoramento é feito pelos exportadores e importadores.” A instrução normativa é resultado do esforço feito pelo ministério e o setor privado para melhorar a qualidade do café, com o estabelecimento de um padrão mínimo para o produto. Com ela, os consumidores poderão conhecer, ainda nas gôndolas dos supermercados, o nível de qualidade dos grãos que estão comprando. Com essa medida, o governo preencherá um vácuo existente na área de café torrado e moído, diz o diretor executivo da Abic, Nathan Herszkowicz.