CAFÉ: TEMORES COM OFERTA BRASILEIRA MANTÉM NY COM VIÉS POSITIVO

10 de fevereiro de 2015 | Sem comentários Análise de Mercado Mercado
Por: Fonte: Agência Estado

Os contratos futuros de café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) continuam em movimento lateral, sem mostrar força para romper níveis de suporte ou de resistência.


A incerteza com relação ao clima nas regiões produtoras brasileiras deve manter os operadores em compasso de espera.


A Somar Meteorologia informa que o fim de semana foi de fortes chuvas na Zona da Mata, o que quebrou um longo período de tempo seco. No entanto, as águas começam a voltar para o Sul do Brasil, inclusive para a parte sul do cinturão produtor.


“Nos próximos dias, devemos ter chuvas em forma de pancadas típicas dos meses de verão, cobrindo o Paraná e o Estado de São Paulo”, prevê a Somar. “A partir de hoje, devemos observar a diminuição das chuvas na zona da mata mineira e sua migração para o Sul do Brasil”, informa a meteorologia.


O diretor de Café da Newedge, Rodrigo Costa, diz que a seca de um ano atrás poderia ser amenizada, caso o período das chuvas fosse regular.


Entretanto, o volume de água tem sido bem aquém do ideal e das médias históricas, principalmente na Zona da Mata mineira e do Espírito Santo que, juntas, correspondem a quase 50% da produção brasileira.


Costa considera que, depois das poucas chuvas em janeiro no “cinturão” do café e da resiliência do mercado em se sustentar bem, após sucessivas tentativas de testar preços abaixo de 158 cents, “acredito que estamos em um momento altista para os preços”, diz.


Conforme Costa, o terminal pode estar próximo de suas mínimas, pelo menos até o último trimestre de 2015, salvo que o real venha a se desvalorizar muito rapidamente em relação ao dólar, alcançando, por exemplo, R$ 3,00.


Ele pondera, no entanto, que a posição comprada dos comerciais (indústrias, em particular) é recorde, o que diminui potencialmente o interesse por novas compras significativas.


Além disso, a posição dos fundos é de apenas 22 mil lotes, bem distante dos 70 mil lotes vendidos há cerca de um ano.


Apesar disso, Costa observa que, se o preço atual está considerando uma safra 2015/16 do mesmo tamanho do que em 2014/15, há um bom potencial de alta para os contratos, que podem voltar a visitar 190 cents e 200 cents. “Dependendo do clima, até mais”, avalia.


Os futuros de arábica em Nova York oscilaram nos dois lados do mercado ontem e acabaram encerrando em alta. Março/15 subiu 75 pontos (0,45%) e terminou a 167,60 cents por libra-peso. A máxima foi de 168,10 cents (mais 125 pontos). A mínima alcançou 163,80 cents (menos 305 pontos).


Os pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP) informam que as cotações do arábica no mercado físico brasileiro subiram ontem.


Apesar disso, as vendas foram fracas. O indicador Cepea/Esalq do tipo 6, bebida dura, posto na capital paulista, fechou a R$ 483,60/saca de 60 kg, pequena elevação de 0,14% em relação à última sexta-feira. O dólar foi a R$ 2,78, valorização de 0,29% no mesmo período.


Os preços do robusta continuaram firmes, apesar do ritmo de negócios continuar fraco. O indicador Cepea/Esalq do tipo 6, peneira 13 acima, fechou a R$ 299,22/saca de 60 kg, ligeiro avanço de 0,13% em relação a sexta-feira.


O tipo 7/8, bica corrida, ficou em R$ 288,26/sc, estável (+0,03) na mesma comparação – ambos à vista e a retirar no Espírito Santo.


Fonte: Agência Estado


 

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