CAFÉ Sombreamento assegura produtividade

12 de dezembro de 2005 | Sem comentários Café Orgânico Produção









 

CAFÉ ORGÂNICO – 30/5/2005 16:55:52 por Send Yahoo Messanger message to author News Cafeicultura
( http://diariodonordeste.globo.com/caderno.asp?codigo=87 )






DIARIO DO NORDESTE – No Ceará, os primeiros pés de café datam do ano de 1747, localizados na Fazenda Santa Úrsula, no Município de Meruoca. Por muitos anos, essa planta foi cultivada nos jardins das casas apenas como parte da ornamentação particular. Em seguida, historiadores verificaram que o café foi levado para outras áreas de solos irregulares, tais como, as serras de Baturité, Aratanha e Pacatuba. Como conseqüência de sua maior abundância, passou a ser produzido e comercializado para Estados vizinhos do Nordeste, e em pequenas quantidades para o exterior. Já em 1850, o Ceará foi responsável por mais de 2% das exportações brasileiras de café, sendo este, considerado internacionalmente de excelente qualidade.

Alguns proprietários perceberam que os cafés cresciam, se dando muito bem à sombra das árvores e passaram a intensificar a produção do café sombreado. Para tanto, utilizaram uma cultura consorciada com ingazeiras e camunzés e com outras culturas como mandioca e fruteiras. Resultado: a sombra das árvores protegia o café da incidência do sol intenso e contribuía para o controle natural das epidemias, aumentando assim sua produtividade. As folhas caídas das árvores fabricavam húmus, fertilizando o solo de nitrogênio, adubando naturalmente a terra.

A partir dos anos 80, na Serra de Baturité, começaram conflitos entres os produtores rurais convencionais e integrantes de movimentos ecológicos, que lutavam pela preservação da Mata Atlântica. Esses conflitos geraram um impasse na região, pois de um lado os agricultores, com práticas impactantes no ecossistema, e de outro os ambientalistas. As práticas equivocadas de manejo do solo, resultou no empobrecimento da terra e da conservação dos recursos naturais. Diante desse processo de degradação ambiental, parte da população local, consciente dos problemas relativos à natureza e suas conseqüências, iniciou um movimento de criação de uma Área de Proteção Ambiental [APA]. Esta foi criada em 1990 com o objetivo de prevenir a ocupação desordenada do solo e diminuir os conflitos permanentes entre a agricultura convencional com a fauna e a flora da região.

O fato dos produtores de café estarem localizados numa área de proteção ambiental incentivou a revitalização do café sombreado, mais adequado na preservação do ecossistema local, além de conferir um diferencial ao produto abrindo uma nova oportunidade de mercado. A criação da APA de Baturité foi um importante passo para expandir o negócio, porém outras ações seriam necessárias, como por exemplo, a certificação dos produtores.

Plantado à sombra das árvores, o café do Maciço tem padrão internacional

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