Café : Somar espera Julho com maiores riscos de Geadas

15/05/2013 Café da terra

As baixas temperaturas ocorridas na semana passada sobre algumas regiões produtoras de café do Paraná, São Paulo e sul de Minas Gerais, devido à passagem de uma massa de ar polar, não chegaram a afetar nenhuma lavoura de café. Não houve relatos de formação de geada sobre os cafezais dessas regiões e, com isso, os cafezais continuam se desenvolvendo muito bem, até porque com a ocorrência de temperaturas mais baixas, principalmente durante as noites, a maturação dos grãos ocorre mais lentamente e isso propicia uma melhor qualidade da bebida dos grãos. As considerações partem do boletim agrometeorológico semanal da Somar Meteorologia.

Por outro lado, diz a Somar, em algumas regiões do Triângulo e cerrado mineiro a falta de chuvas, que já dura mais de 25 dias, tem provocado a redução dos níveis de umidade do solo e em algumas localidades esses níveis estão abaixo dos 50%, o que já começa a provocar estresse hídrico nas plantas. Entretanto, ainda não estão ocorrendo reduções nos potenciais produtivos das lavouras.

Segundo os modelos climatológicos, os meses de junho e julho deverão ser com chuvas um pouco acima da média, mas que não causarão grandes interrupções nos trabalhos de colheita. Porém, segundo esses modelos, o mês de julho deverá ter temperaturas mínimas bem mais baixas do que a média histórica e, dessa forma, há um risco maior de ocorrência de geadas.

Para os próximos dias, aponta a Somar, não há perspectivas de ocorrência de chuvas ou mesmo temperaturas baixas que possa vir a causar danos aos cafezais. As chuvas só deverão retornar às regiões cafeeiras do Sudeste por volta do dia 25 de maio. Mesmo assim, serão chuvas de curta duração e de baixa intensidade. Mas, serão suficientes para elevar, parcialmente, os níveis de umidade do solo e dar condições ao desenvolvimento das plantas e dos grãos, conclui.

Fonte : Safras & Mercado