09/01/2013 Café da terra
As chuvas que vem ocorrendo em boa parte das áreas cafeeiras de São Paulo e Sul de Minas Gerais estão possibilitando a elevaçãodos níveis de umidade do solo e, consequentemente, favorecendo o desenvolvimento das lavouras. A falta de chuvas generalizadas e principalmente, em quantidade suficiente para manter os solos com bons níveis de umidade estavam causando um forte estresse hídrico nas plantas, prejudicando o desenvolvimento tanto da planta quanto dos grãos e assim, causando quebras nos potencias produtivos. As indicações partem do boletim semanal agrometeorológico da Somar Meteorologia.
Segundo a Somar, na região do cerrado e triângulo mineiro, a situação ainda não se normalizou, uma vez que as chuvas, que às vezes vem ocorrendo, não são suficientes para elevar os níveis de água no solo e permitir o pleno desenvolvimento da planta e dos grãos. Muitos cafezais já apresentam reduções em seus potenciais produtivos, grãos menores do que o normal para essa época do ano, já que estão em fase de granação e índices de área foliar menores. Além dos solos estarem em déficit hídrico, o forte calor, com temperaturas bem acima dos 30C, está elevando as taxas de evapotranspiração, elevando ainda mais o déficit hídrico dos solos e, consequentemente, elevando as perdas, aponta a Somar.
Apenas na região sul de São Paulo e norte do Paraná é que a situação é bem melhor, já que nessas áreas as chuvas estão bem mais regulares e com isso dando condições ao desenvolvimento dos cafezais, diz a Somar.
Porém, esse padrão de tempo bem mais seco, onde o regime de chuvas vinha se mantendo apenas com pancadas de chuvas e, sobretudo, isoladas irá terminar já no final dessa semana em praticamente todas as regiões cafeeiras do Sudeste, coloca a Somar, pois voltará a chover bem sobre essas áreas, com volumes acumulados que irão ficar muito próximos ou até um pouco acima da média, possibilitando um aumento dos níveis de umidade do solo e consequentemente retornando uma condição favorável ao desenvolvimento dos cafezais.
E, segundo está sendo divulgada por empresas do setor cafeeiro, aponta a Somar, a produção para a safra 2013 será de 53 milhões de sacas de café, um valor irreal, uma vez que a safra em questão é, por fatores fenológicos, menor do que a anterior e assim impossível de atingir tais patamares. Além
disso, por fatores climáticos houve queda prematura de chumbinhos, devido às altas temperaturas ocorridas ao longo do florescimento e o mais agravante, chuvas bastante irregulares na qual vinham causando estresse hídrico às plantas, avalia.
Ainda é muito cedo para avaliar o real tamanho da safra, mas, ao que tudo indica, deverá ser de 15 a 25% menor do que a safra 2012, isso se não ocorrer mais nenhuma intempérie climática até o momento da colheita, observa a Somar.
Fonte : Safras & Mercado