Os preços do café pouco se alteraram nas principais praças do país nesta semana. A movimentação seguiu escassa.
Porto Alegre, 22 de março de 2019 – Na maior parte do período, as condições de mercado não favoreceram as negociações, principalmente a queda em Nova York. Alguns compradores, por necessidade, marcaram presença pontual e os vendedores aproveitaram o repique do dólar para negociar volumes pouco expressivos.
Assim, no sul de Minas Gerais, o café arábica bebida boa com 15% de catação seguiu em R$ 380/385,00. No cerrado mineiro, o preço da bebida boa com 15% de catação estabilizou em R$ 385/390,00.
O café arábica “rio” tipo 7 na Zona da Mata de Minas Gerais (20% de catação) teve preço de R$ R$ 335/340,00. Já o conilon tipo 7 em Vitória, Espírito Santo, foi cotado a R$ 295/300,00, nominal.
O presidente do Conselho dos Exportadores de Café (Cecafé), Nelson Carvalhaes, reconheceu em debate sobre mercado e exportação na Fenicafé, em Araguari (MG), que o momento é complicado para o segmento da produção, devido aos preços baixos.
“Apesar disso, eu vislumbro para o futuro uma janela de oportunidade muito interessante, que representa um desafio muito grande, e vocês tem que correr atrás disso”, salientou Carvalhaes à plateia formada basicamente por representantes do setor da produção.
Segundo ele, os preços baixos do mercado retirarão concorrentes internacionais dos produtores brasileiros. “Eu sei que a situação é complicada. Mas eu peço a vocês que encarem estes dois próximos anos com investimentos. Plantem café para colher daqui a dois ou três anos. Esses investimentos valerão à pena”, recomendou, projetando que o Brasil ampliará sua fatia no mercado global com os competidores plantando e colhendo menos devido à crise.
Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS