Cenário: Gabriela Mello – O Estado de Sâo Paulo
Entre as commodities agrícolas negociadas na Bolsa de Nova York, o café arábica se destacou ontem, terminando com alta próxima de 5%. Investidores que recentemente venderam posições no mercado, apostando na queda das cotações, decidiram recomprá-las, em um movimento de correção. O volume de negócios também melhorou, depois de permanecer fraco nos últimos dias, tendo em vista que o baixo nível dos preços afastou muitos participantes. O contrato maio do café subiu 4,78% e fechou a 187,35 centavos de dólar por libra-peso, após ter atingido a mínima em 18 meses na semana passada.
Na contramão, o açúcar bruto caiu para a menor marca em duas semanas, reagindo à notícia de que a Índia, segundo maior exportador do produto no mundo, liberou mais 1 milhão de toneladas para embarque no ciclo 2011/12. O contrato maio encerrou em queda de 1,94%, a 24,30 centavos de dólar por libra-peso.
Em Chicago, os futuros dos grãos também terminaram com desvalorização. O trigo liderou as perdas diante de fundamentos desanimadores, com as amplas ofertas globais e a melhora das condições da safra de inverno dos Estados Unidos ofuscando o risco de perdas nas lavouras da Europa. Os lotes do cereal para entrega em maio caíram 2,99%, para US$ 6,3975 por bushel. Os da soja tiveram baixa de 0,71%, e os do milho de 1,1%. Os investidores aguardam a divulgação de dois relatórios pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos na sexta-feira, um sobre as intenções de plantio e outro sobre os estoques trimestrais.