SAFRAS (11) – A Organização Internacional do Café (OIC) reduziu a estimativa da produção mundial de café 2011/12 de 130 milhões de sacas para 127,4 milhões de sacas. Assim, deverá haver uma queda de 4,3% na produção contra 2010/11, que tem estimativa de 133,1 milhões de sacas. Os números partem do relatório de outubro da OIC.
A OIC aponta problemas reportados com adversidades climáticas na América Central e Indonésia, com a Colômbia também enfrentando dificuldades, o que justifica a menor estimativa de produção. Por outro lado, as exportações mundiais de café nos doze meses da temporada 2010/11, ou seja, de outubro de 2010 a setembro de 2011, chegaram ao recorde de 103,1 milhões de sacas, com aumento de 9,4% no comparativo com 2009/10 (94,271 milhões de sacas). O consumo mundial de café em 2010 está estimado ainda em 135,0 milhões de sacas, com incremento de 2,4% sobre 2009 (131,8 milhões de sacas).
Nos últimos dez anos, a OIC ressalta que o consumo mundial cresceu a uma taxa média anual de 2,5%, contra 1,8% da década anterior. De 1970 a 2010, a taxa média anual de crescimento no consumo é de 1,6%. Nos países exportadores, o consumo mundial em 2010 foi apontado em 41,3 milhões de sacas, com crescimento de 4,2% contra 2009 (39,7 milhões de sacas). Já nos países importadores, o consumo totalizou 93,7 milhões de sacas em 2010, com elevação de 1,7% no comparativo com 2009 (92,1 milhões de sacas).
Exportações As exportações de café apresentaram em outubro de 2011 uma das maiores receitas já registradas para o mês, chegando a US$ 870,988 milhões. O crescimento foi de 32,8 % em relação ao mesmo período de 2010, quando o resultado registrado atingiu US$ 655,678 milhões. Os dados são do Balanço das Exportações divulgado pelo CeCafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).
De acordo com o relatório, o volume exportado em outubro, entretanto, foi de 3.088.737 sacas entre verde, torrado & moído e solúvel, apresentando uma queda de 11% quando comparado ao mesmo mês de 2010, quando foram exportadas 3.490.548 sacas. Apesar da queda do volume total exportado, impulsionada pela redução nos embarques de café solúvel e arábica, as exportações de robusta/conillon tiveram alta de 102% quando comparamos este mesmo período, 232.572 sacas exportadas em outubro de 2011 versus 114.957 sacas exportadas em outubro de 2010.
Guilherme Braga, diretor-geral do CeCafé, ressalta ainda que “embora a safra 2011/2012 seja menor que a safra anterior, por conta da bienalidade, seus quatro primeiros meses apresentaram um volume exportado compatível ao do mesmo período da safra 2010/2011, 10.995.609 sacas contra 12.047.268 sacas, exibindo uma diferença em torno de -9%” .
Segundo o Balanço das Exportações, do café exportado em outubro de 2011, 85% foi da qualidade arábica, 8% de solúvel e 7% de robusta. As exportações brasileiras de café no acumulado dos dez primeiros meses do ano civil 2011 (janeiro-outubro) totalizaram 27,357 milhões de sacas de 60 quilos, tendo incremento de 4% no comparativo com janeiro a outubro de 2010, quando os embarques foram de 26,427 milhões de sacas. A receita nos dez primeiros meses do ano foi de US$ 7,017 bilhões, com aumento de 61% sobre o mesmo período de 2010 (US$ 4,347 bilhões).