Segundo a organização, serão produzidos 144,1 milhões de sacas de 60 quilos; revisão para baixo foi feita porque alguns países da América Central foram afetados pelo clima adverso, pestes e doenças
por Estadão
Nova projeção representa uma redução de 7,2% em relação ao volume produzido em 2011/2012 (Foto: Davilyn Dourado/Ed. Globo)A Organização Internacional do Café (OIC) cortou em 1,3%, nesta quarta-feira (9/1), sua estimativa de produção global de café em 2012/2013, para 144,1 milhões de sacas de 60 quilos. Conforme a OIC, a revisão para baixo foi feita porque alguns países da América Central foram afetados pelo clima adverso, pestes e doenças. A nova projeção também representa uma redução de 7,2% em relação ao volume produzido em 2011/2012.
A organização estimou a safra 2012/2013 de arábica em 88,4 milhões de sacas, incremento de 9,1% ante o ciclo anterior. No caso do robusta, a expectativa é de que o volume colhido aumente 4,2% na mesma base de comparação, para 55,6 milhões de sacas.
A OIC prevê que a produção de Guatemala, Honduras e Nicarágua deve diminuir neste ano comercial. Por outro lado, para México, Costa Rica e El Salvador a projeção é de safras maiores em relação a 2011/2012.
No entanto, a organização acrescentou que relatos de ferrugem em vários países da América Central ainda podem alterar essas estimativas. O mesmo pode ocorrer em caso de manifestação da broca.
A OIC informou ainda que a previsão de colheita da Índia em 2012/2013 também foi cortada, para 5,3 milhões de sacas. Apesar da redução, a estimativa ainda supera as 5,2 milhões de sacas produzidas pela Índia na temporada anterior.
“Em termos de fundamentos de mercado, pode-se assinalar que a nova safra de café dos países exportadores cujo ano safra 2012/2013 começa em outubro está começando a chegar em maior quantidade ao mercado”, apontou o relatório mensal. “Este ano safra tem testemunhado o aumento da produção em alguns países, principalmente na África e na Indonésia.”
A OIC destacou ainda que o consumo global continua aquecido, especialmente em mercados emergentes e países exportadores. Os estoques iniciais das nações exportadoras em 2012/2013 foram estimados pela organização em 15,1 milhões de sacas, o menor patamar já registrado.