Esse é o maior preço pago por um café cultivado no Brasil e, com o dólar comercial cotado a R$ 3,8575 (fechamento da data do leilão), o lote campeão receberá aproximadamente R$ 73 mil por saca.
São Paulo, 30 – O café campeão da categoria “Pulped Naturals” do concurso Cup of Excellence – Brazil 2018, produzido na Fazenda Primavera, em Angelândia, região da Chapada de Minas Gerais, foi leiloado na quinta-feira (29) por valor equivalente a US$ 143,00 por libra-peso, o que corresponde a US$ 18.916 por uma saca de 60 kg. Esse é o maior preço pago por um café cultivado no Brasil e, com o dólar comercial cotado a R$ 3,8575 (fechamento da data do leilão), o lote campeão receberá aproximadamente R$ 73 mil por saca.
Principal concurso de qualidade para café do mundo, o Cup of Excellence – Brazil 2018 é realizado, no País, pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e a Alliance for Coffee Excellence (ACE). Ao fim do leilão da categoria “Pulped Naturals”, todos os cafés produzidos por via úmida (cerejas descascados e/ou despolpados) foram negociados e registraram a movimentação total de R$ 1.046.997,21 (US$ 271.418,59). O lance médio foi de US$ 9,37/lb, o que equivale a R$ 4.781,23 (US$ 1.239,46) por saca.
Para a diretora da BSCA, Vanusia Nogueira, o valor pago pelo café campeão do Cup of Excellence evidencia que o trabalho de educação, aprimoramento e promoção que a Associação realiza com parceiros vem proporcionando bons resultados. “Somos assíduos incentivadores do plantio voltado à qualidade. Nossos produtores têm intensificado seus cuidados com as lavouras e gerado cafés excepcionais, que melhoram a cada ano. Na ponta final, apresentamos esses produtos aos principais compradores do mundo. O desfecho é a satisfação de vermos uma saca de café brasileiro ser comercializada por R$ 73 mil”, comemora Vanusia, em comunicado da BSCA.
Os lotes ofertados no leilão foram comprados por empresas de oito países, de mercados tradicionais e emergentes no consumo de café, como Japão, Coreia do Sul, Alemanha, Austrália, Estados Unidos, Grécia, Taiwan e do próprio Brasil. “Os altos valores movimentados no leilão evidenciam o interesse das principais indústrias mundiais e dão o devido reconhecimento para os cafés especiais brasileiros, que são produzidos respeitando os princípios da sustentabilidade em seu tripé sócio-econômico-ambiental”, conclui Vanusia.
Fonte: Q10/Estadão Conteúdo