SAFRAS (06) – Em reunião realizada ontem na sede do Conselho Nacional do Café (CNC), em Brasília (DF), representantes da cadeia produtiva decidiram que vão levar ao governo o pedido de realização de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro) para o café, mecanismo que garante subsídio para se chegar ao preço mínimo do governo.
A informação é do presidente-executivo da entidade, Silas Brasileiro.
Segundo ele, o Pepro permite o escoamento do café, já que o subsídio só é pago quando o produto é comercializado e é importante por “acrescentar renda ao produtor”. De acordo com Brasileiro, a proposta deve ser encaminhada ainda esta semana ao governo. “Não pensamos em retenção de café”, diz.
Brasileiro reforça que, com o Pepro, o produtor não precisa aguardar um valor maior pelo produto para escoar a produção. Hoje os preços estão muito abaixo do mínimo estabelecido pelo governo, de R$ 307 por saca pelo tipo arábica.
O setor enfrenta queda na renda, provocada pelo recuo dos preços do
produto e aumento dos custos de produção. Já foram realizados este ano leilões de opções de venda de três milhões de sacas. Se a opção for exercida, o café arábica poderá ser vendido ao governo em março de 2014 por um preço de referência de R$ 343 a saca.
Conforme Brasileiro, o governo teria R$ 400 milhões de reserva a fundo perdido que poderia ser alocado por meio da Secretaria de Produção para o Pepro. Com este montante, seria possível garantir um subsídio de R$ 50 por saca para o escoamento de 8 milhões de sacas. Segundo ele, o último Pepro realizado para o café foi em 2009.
O presidente-executivo do CNC observa ainda que em 2015 a safra do grão poderá cair a 40 milhões de sacas, resultado da redução dos tratos culturais em virtude dos preços baixos da commodity e também como consequência de uma característica da lavoura, que não consegue produzir mais de três safras “altas” consecutivas. As informações são do Valor Econômico, divulgadas pelo CaféPoint.
Fonte : Safras & Mercado