Por Laura Ruschel / laura.ruschel@safras.com.br
SAFRAS (26) – As condições climáticas do cinturão produtor brasileiro nos últimos meses têm preocupado cafeicultores e agentes do mercado internacional. Primeiramente, as cotações vinham subindo muito nas bolsas de Nova York e de Londres com a falta de chuvas neste período-chave de floradas, que definirão o tamanho da próxima safra. Depois, os preços desabaram com a chegada das chuvas.
Na região de atuação da Cooperativa dos Cafeicultores da Região de Marília (Coopermar), a situação não é diferente. As lavouras enfrentam déficit hídrico, e as chuvas que incidiram nas últimas duas semanas não foram suficientes para reverter o atual quadro dos cafezais.
Segundo o engenheiro agrônomo Aurélio Giroto, na quarta-feira algumas lavouras registraram chuvas de até 65mm, porém, foram precipitações localizadas. “Há 15 dias tivemos uma florada, e, provavelmente daqui a mais 15 dias teremos outra, que deverá ser a última na região”.
De acordo com Giroto, serão necessárias, aproximadamente, 150mm de chuvas para reverter a situação nas lavouras. “Antes das chuvas na última semana, prevíamos perda de 15% a 20% da produção”, afirmou o engenheiro.
Segundo o boletim do clima da Somar, a frente fria que agia sobre o Brasil perde força e há previsão de chuvas de menor volume em São Paulo, centro e sul de Minas Gerais e no interior do Espírito Santo. As temperaturas entram em elevação em São Paulo, mas permanecem baixas no Rio de Janeiro e em boa parte de Minas Gerais.
No sábado, esperam-se chuvas de baixo volume em São Paulo e no oeste e sul de Minas Gerais. No domingo, dia 28 de outubro, há previsão de chuvas de baixo volume em São Paulo, sul do Espírito Santo e no centro e sul de Minas Gerais.
Entre os dias 29 de outubro e 02 de novembro, há previsão de chuvas generalizadas em todo o Sudeste. Na região central de São Paulo, os volumes passam dos 70mm em cinco dias.
(LR)