Para analista, cotações podem voltar a bater recorde na bolsa americana
Por Globo Rural
Depois de atingir o preço recorde de US$ 3,3415 a libra-peso na bolsa de Nova York, ontem, o café registrou forte desvalorização na sessão desta quarta-feira (11/12). Os contratos para março recuaram 4,17%, para US$ 3,2020 a libra-peso.
A queda na sessão não afasta a tendência de alta para os preços, que ainda podem bater novos recordes, na avaliação de Vicente Zotti, sócio da Pine Agronegócios.
“No momento, não existe limite de alta para o café. E não são apenas fatores de oferta e demanda, que são responsáveis por 40% dessa oscilação que estamos vivendo. Os outros 60% estão relacionados com fatores técnicos. Análise sobre os fundos especulativos mostra que de 130 participantes, 110 estão com posições compradas [apostando na alta dos preços em Nova York]”, observa Zotti.
De acordo com o analista, com a valorização recente do café, a chave para entender o rumo do mercado está no consumo.
“Agora é a hora da verdade para o café. Indústrias do setor como 3corações e Melitta já anunciaram repasses de 30% após um aumento já divulgado recentemente. Com um pacote de 500 gramas de café no Brasil custando entre R$ 37 a R$ 40, será que o consumidor vai seguir comprando produto?”
“Se esse consumo se manter elevado, há espaço para novas altas do café em Nova York. Já se a queda na demanda for evidente, podemos ver muitos agentes desmontando suas posições na bolsa”, acrescenta Zotti.
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