CAFÉ: QUEDA NOS REFERENCIAIS EXTERNOS ESVAZIA MERCADO FISICO

SAFRAS (20)  O mercado físico brasileiro teve um dia esvaziado. A queda acentuada em Nova York afugentou os vendedores. Houve equilíbrio de forças entre os formadores de preços do café, uma vez que a forte alta no dólar comercial compensou as perdas dos contratos futuros. Enquanto os cafés arábicas mantiveram os valores de ontem, o conillon não encontrou resistência, e diante da queda em Londres e ainda com aumento de oferta relatado por operadores, acabou sofrendo reajuste para baixo nos preços no mercado capixaba.

No sul de Minas Gerais, o café arábica bebida boa esteve cotado entre R$ 280,00 a R$ 285,00 a saca. No cerrado mineiro, café bebida boa esteve com preço de R$ 285,00 a saca, podendo chegar até R$ 290,00 para os mais finos. O café rio tipo 7 na Zona da Mata de Minas Gerais teve cotação de R$ 200,00 a saca, estável. Já o conillon tipo 7 em Vitória, Espírito Santo, foi cotado a R$ 166,00 por saca, recuando R$ 4,00 por saca na comparação com a terça-feira.
 
Nova York
 
A Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US) para o café arábica encerrou as operações da quarta-feira com preços acentuadamente mais baixos. A desvalorização do dólar ante outras divisas derrubou as commodities em geral hoje, arrastando o café para os patamares mais baixos das últimas duas semanas. 
 
No entanto, operadores destacaram que o quadro fundamental não se alterou para o café, que caiu hoje por influência única dos fatores externos. No entanto, para o longo prazo, a preocupação vem com a perspectiva de uma safra recorde no Brasil, maior produtor mundial, cuja colheita inicia nos próximos meses.. Essa ideia negativa e ainda a influência dos outros mercados poderá empurrar os contratos com entrega em março para baixo do suporte situado em 135 centavos de dólar por libra-peso ainda nesta semana. As informações partem de
agências internacionais de notícias.

Os contratos com entrega em março fecharam negociados a 139,20 centavos de dólar por libra-peso, com desvalorização de 1,70 cent. A posição maio de 2010 fechou a 141,00 centavos, com perda de 1,65 cent/lb. 
 
Câmbio
 
O dólar comercial fechou cotado a R$ 1,7910 na compra e R$ 1,7930 na venda, alta de 1,18% em comparação com último fechamento. (FR)