CAFÉ: PREÇOS RECUAM NO MERCADO INTERNACIONAL COM CHUVAS NO BRASIL

23 de outubro de 2006 | Sem comentários Cotações Mercado

A semana foi negativa para os preços no mercado internacional de café. Na Bolsa de Mercadorias de Nova Iorque, que baliza as cotações no mundo, o mercado recuou e se aproximou perigosamente do importante patamar psicológico de US$ 1,00 por libra-peso nesta última quinta-feira (19/09). No Brasil, no entanto, o mercado físico não sofreu grandes oscilações, com a retenção dos vendedores evitando maiores perdas nos preços internos.

No mercado internacional, as atenções continuam voltadas para as informações sobre chuvas no cinturão cafeeiro do Brasil. O país está em período de floradas, que vai até novembro, e que será importantíssimo na definição da safra do ano que vem. É sabido que a safra 2007/2008 será naturalmente menor em função do ciclo bianual do café. Afora isso, a falta de chuvas no ano gerou um elevado déficit hídrico, com agrônomos e técnicos já falando em perdas certas em função da escassez de umidade em 2007.

Entretanto, o mês de outubro vai sendo bem mais chuvoso nas regiões produtoras. E essa informação chegou a NY trazendo o sentimento de que o quadro de precipitações está amenizando o problema e pode ajudar a produção 2007/2008 do Brasil. Com isso, os preços caíram na semana em NY. Além disso, está começando a colheita no Vietnã do robusta e está começando a temporada também para o arábica em importantes áreas do mundo, como na América Central, Colômbia e México. Isso traz um sentimento de alívio com chegada de maior volume de oferta no mercado mundial, o que pressiona pra baixo as cotações.

Na Bolsa de NY, o contrato dezembro fechou esta quinta-feira (19) a 101,85 centavos de dólar por libra-peso, apresentando uma queda de 2,1% na semana na comparação com o fechamento da sexta-feira da semana anterior (13), quando dezembro encerrou cotado a 104,05 cents/lb. Ou seja, o mercado vai se aproximando do nível importante de US$ 1,00/lb, que é até mesmo um suporte técnico importante ao mercado.

No mercado físico brasileiro, porém, não houve uma variação sensível nos preços como em NY. E a explicação não está no câmbio, porque o dólar segue fraco tendo fechado a R$ 2,141 na venda nesta quinta-feira (19). O motivo dos preços no Brasil não terem caído mesmo com uma perda significativa da Bolsa de NY está na postura defensiva dos vendedores. O mercado tem pouco interesse de venda, com o produtor capitalizado, especialmente com os financiamentos de colheita e estocagem do governo, esperando por uma reação nas cotações nas bolsas internacionais.

No sul de Minas Gerais, o mercado apresentava nesta quinta-feira (19) cotação de R$ 228,00/230,00 a saca para o café arábica bebida boa. No último dia 13 a cotação era de R$ 230,00, mostrando que houve pouca variação no comparativo.

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