CAFÉ: PREÇOS CONTINUAM ENFRAQUECIDOS NO MERCADO INTERNACIONAL

Parece que o mercado café, que tentava tatear uma direção no curto prazo, escolheu um lado. E para desgosto do produtor, voltou a cair. Aquele suporte de 140 centavos de dólar por libra-peso na ICE Futures em Nova York ficou para cima e agora o contrato com vencimento Maio-13 começa a se direcionar aos 130 cents, ficando pelo caminho outro importante suporte de 135 cents/lb. “O tombo foi grande. E a frustração do produtor também”, aponta o analista de SAFRAS & Mercado, Gil Barabach.

A tranquilidade no abastecimento diante da enxurrada brasileira, com safra nova que se aproxima, e o avanço de produto da safra temporã da Colômbia ainda pesam sobre os preços do grão. Segundo o analista, “o fato é que mercado dá preocupantes sinais de enfraquecimento antes mesmo da chegada da safra nacional, que normalmente é o período de atrito na oferta e pressão negativa sobre as cotações da bebida”.

Durante todo aquele momento em que o café tentou construiu um fundo, em nenhum momento demonstrou força suficiente para uma reação mais consistente. Gastou toda a sua energia para estancar a queda. E sem subir, bastou um leve deslize para que os vendedores voltassem ao mercado. A commodity carece de um maior impulso de compra e, com o inverno acabando no Hemisfério Norte, há possibilidades de que este quadro fique ainda pior.

O mercado físico interno brasileiro tenta mostrar alguma resistência, mas também sucumbe a fraqueza externa. O produtor, que no ano passado achava ruim o preço ter caído abaixo de R$ 400 a saca, agora briga para tentar segurar pelo menos R$ 300 a saca para as melhores bebidas no Sul de Minas Gerais. E, ainda tem muito café da safra 2012 para ser vendida.

O mercado de conillon caminhou na contramão do arábica, acumulando valorização ao longo da atual temporada. Agora começa a sentir o efeito sazonal e avança timidamente, antecipando a chegada de café novo. “É o produtor liberando espaço para a safra que chega”, explica o analista. O conillon tipo 7 capixaba é negociado a R$ 250 no disponível.
 
Receita diária de exportações atinge us$ 22,9 milhões no mês
 

A receita média diária obtida com as exportações brasileiras de café foi de US$ 25,115 milhões na terceira semana de março. A média diária do mês (US$ 22,913 milhões) é 11,5% menor em comparação com a média diária de março de 2012, que somara US$ 25,886 milhões. 

Em relação a fevereiro/2013, quando a média diária atingira US$ 23,029 milhões, a receita média de exportações de café de março/13 é 0,5% menor, conforme os dados acumulados até o dia 17.

Até o dia 17 de março, com onze dias úteis contabilizados, foram exportadas 1,196 milhão de sacas de 60 quilos de café em grão, com receita de US$ 221,4 milhões e um preço médio de US$ 185,0 por saca. Em fevereiro de 2013, as exportações brasileiras de café totalizaram 1,897 milhão de sacas, e alcançaram 1,996 milhão de sacas em março de 2012.

As informações partem do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e foram divulgados nesta quarta-feira pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
 
(LR)

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