A semana foi de altas nos preços do café, tanto no mercado internacional quanto no físico brasileiro, ao produtor. A oferta restrita nos mercados globais no curto prazo, para cafés de melhor qualidade, vem dando sustentação às cotações na Bolsa de Nova York.
Além de fatores técnico/gráfico altistas, NY subiu com fatores fundamentais também positivos.. A oferta é escassa no Brasil neste momento, faltando cerca de dois meses para a colheita da safra nova. Há pouco café de qualidade superior, depois de uma safra modesta em 2009, diante do ciclo bienal da cultura, e ainda de problemas climáticos. A oferta de cafés lavados da Colômbia e da América Central também no curto prazo mostra deficiências, e isso vem trazendo sustentação a Nova York.
Na Bolsa de Mercadorias de Nova York, o contrato maio foi cotado nesta última quinta-feira (18) 135,55 centavos de dólar por libra-peso, acumulando alta de 1,3% no comparativo com a quinta-feira anterior (11), quando o mercado fechara a 133,75 cents.
No Brasil, os preços subiram ainda mais, porque a oferta é evidentemente escassa e os compradores que aparecem têm de pagar mais para obtê-la. Em alguns momentos o comprador esteve mais retraído, não aceitando estes aumentos, e trabalhando com o fato de que em breve haverá bastante café da safra nova. Mas quem tem necessidade urgente de oferta, acaba tendo de pagar as cotações mais altas pedidas pelo produtor que detém a escassa oferta de grãos de qualidade da safra passada. O dólar subiu também na semana, contribuindo para o suporte aos preços domésticos.
Tomando por referência o sul de Minas Gerais, o café arábica bebida dura terminou esta última quinta-feira (18) a R$ 287,00 a saca de 60 quilos, tendo avanço de 2,5% no comparativo com a quinta-feira anterior (11), quando o mercado ficou em R$ 280,00 a saca.