CAFÉ: POSSIBILIDADE DE NOVA ESTIAGEM SEVERA PRATICAMENTE INEXISTE

18 de setembro de 2014 | Sem comentários Análise de Mercado Mercado

Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) Agência SAFRAS


Belo Horizonte, 17 de setembro de 2014 – Foi aberto no início da tarde desta quarta-feira o 1 Fórum da Agricultura Sustentável, um dos vários eventos paralelos que fazem parte da programação da Semana Internacional do Café, que está sendo realizada em Belo Horizonte entre os dias 15 e 18 de setembro.


O pesquisador do setor de agrometeorologia da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQUSP), Paulo Cesar Sentelhas, ministrou palestra sobre as “Consequências das Mudanças Climáticas para a Cafeicultura”.


Segundo Sentelhas, o tema “mudanças climáticas” é muito polêmico, mas de fato as temperaturas globais estão aumentando nos últimos anos. Diante deste cenário, o cafeicultor deve estar preparado para continuar na atividade, produzindo de forma sustentável. A estiagem severa e as altas temperaturas do período dezembro de dezembro de 2013 a março de 2014 não tem precedentes nas séries históricas, disse o pesquisador. Esses estudos abrangem cerca de 100 anos de coletas de dados. A boa notícia que brota do fato é de que a possibilidade de haver novamente um veranico exatamente no período sazonalmente chuvoso do Sudeste é de aproximadamente um por cento. Ou seja, praticamente inexistente. “Essa seca foi um evento extremamente raro. As chances de acontecer de novo são muito pequenas, mas pode acontecer”, disse Sentelhas. A falta de chuvas e as altas temperaturasdestes quatro meses afetaram drasticamente a cafeicultura no Sudeste brasileiro, com o agravante de que o café do tipo arábica produzido em Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Espírito Santo é mais sensível a essas condições meteorológicas em comparação ao café conilon.


Levantamento de safra da Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) divulgado ontem apontou que a produção brasileira de café vai diminuir oito por cento em 2014 na comparação com o ano anterior, basicamente em função do veranico que afetou os estados produtores do Sudeste, em especial Minas Gerais.


Contudo, produtores de Minas Gerais têm relatado perdas localizadas de produtividade na ordem de 30 a até 40 por cento. Conforme a Conab, a queda média de produção no estado será de 18 por cento.

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