Café : Plano de safra 2012/13 da Cooparaiso oferece segurança aos produtores

13 de abril de 2012 | Sem comentários Comércio Cooperativas

Café : Plano de safra 2012/13 da Cooparaiso oferece segurança aos produtores





Está chegando um dos momentos mais importantes para o produtor de café: a colheita, armazenagem e comercialização.


É nesse ponto da produção de café que o produtor pode obter maior rendimento ou não, dependendo da maneira como colhe, como armazena e como vai comercializar. Por isso, a Cooparaiso está colocando à disposição de seus cooperados o Plano de Safra. Um programa que prevê a prestação de serviços para dar todo o suporte a cada produtor de café nesse momento tão importante de sua atividade.


De acordo com o superintendente de Relacionamento com o Cliente, Paulo Sérgio Elias, a Cooparaiso está trabalhando fundamentalmente com o planejamento e explica como será o Plano de safra.


Coffee Break – De quanto será a safra na área de atuação da Cooparaiso?


Paulo Sérgio Elias – A safra 2012/13 é muito parecida com a safra 2010. Devem ser colhidas na área de ação da Cooparaiso 3,8 milhões de sacas de café. Para este ano, estamos projetando uma captação de 70 a 90% desse café, em todas as 12 unidades da cooperativa, o que é compatível com o tamanho e os serviços que a Cooparaiso presta para seus cooperados. Para esta safra a direção da cooperativa desenvolveu um planejamento estratégico para servir o cooperado nas necessidades que ele tem nesse momento.


Coffee Break – O que vai englobar esse planejamento estratégico?


Paulo Sérgio EliasO momento de colheita é o mais crucial para o produtor. Em três meses, todo o investimento e esforço que ele fez, do plantio da semente até a consolidação da safra, pode gerar o retorno do investimento e, obviamente, lucro, que é o almeja toda atividade. O papel da cooperativa é extremamente relevante, desde o planejamento da colheita e isso prevê armazenamento, logística, financeiro, seguro, preparo da colheita para não perder a qualidade do café. Por isso o Plano de Safra 2012 da Cooparaiso traz desde empréstimo de sacaria, especialmente para o pequeno produtor, até a logística de escoamento da produção, como um papel fundamental de prestadora de serviços. Locação de recursos também é de suma importância a Cooparaiso está trazendo R$ 15 milhões para a colheita e mais R$ 20 milhões para a pré comercialização para que o produtor tenha tempo e condições de colher o seu café de maneira mais tranqüila e sem a necessidade de vender o café no pior momento de mercado, que é o que antecipa a entrega dos cafés ou logo depois, entre agosto e setembro.


Coffee Break – Em termos financeiros, o produtor também terá acesso a novas linhas de crédito?


Paulo Sérgio EliasA Cooparaiso está oferecendo novas modalidades e travas para que o produtor possa comercializar o seu café de uma maneira programada e rentável. Que ele procure a área de comercialização da Cooparaiso, pois temos uma modalidade adequada para cada perfil, ou em CPR, em trava futura, ou pré comercialização. Há uma solução para cada necessidade financeira.


Coffee Break – Sabemos que a mão de obra na colheita é um dos maiores custos que o produtor tem. O que a Cooparaiso e seu Plano de Safra está oferecendo nesse aspecto?


Paulo Sérgio EliasCooparaiso foi pioneira na iniciativa, com o trabalho importante de seu vice-presidente, José Fichina, que apesar de muitas dificuldades à época, iniciou um projeto completo chamado “Colheita Nota 10”. Fizemos a aquisição de duas colheitadeiras naquela época e trabalhamos de forma ordenada para atender os cooperados. Esse projeto vem crescendo ano a ano e, atualmente, estamos com mais quatro colheitadeiras. No ano passado, iniciamos um trabalho utilizando o retorno de ICMS. O produtor que participar terá o custo da hora/máquina bastante subsidiada e foi a transferência desse tributo para adquirir as máquinas. O cooperado já pode ir a seu núcleo para fazer sua programação. A segunda novidade que a Cooparaiso traz neste ano é um sonho do seu presidente, o deputado federal Carlos Melles, que é o de transformar o trabalhador rural em um “Micro Empreendedor Individual Rural”, qualificando-o, através de treinamentos do Senar ou dos parceiros fabricantes, por exemplo, oferecendo treinamento para ele trabalhar com máquinas multifuncionais manuais, permitindo o aumento da produtividade e consequente renda para esse trabalhador. O cooperado terá seu custo reduzido porque diminuirá o tempo de trabalho. Ou seja, um programa que atende a todas as partes. A Cooparaiso vai comprar quatro mil máquinas e distribui-las nas suas 12 unidades. O plano é ministrar um treinamento de três dias, incluindo o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e como operar as máquinas. Posteriormente, ele poderá oferecer outros serviços, como capina, podas, esqueletamentos, pois são máquinas multifuncionais, vai prestar serviços para outros, aumentando sua área de trabalho. Um homem com uma máquina dessas na mão equivale a 2,7 homens. Para isso, a Cooparaiso está buscando linhas de crédito no Banco do Brasil para financiar diretamente o trabalhador. Transformando-o em um micro empresário, contribuímos para elevar a auto estima e ele sai da informalidade.


Coffee Break – Este é um projeto para este ano?


Paulo Sérgio EliasA dimensão social deste projeto é enorme, por isso não há espaço para ficarmos aguardando e vamos cumprir porque vai ajudar muito em todo o processo.


Coffee Break – Muito tem se falado da importância da qualidade do café, como fator de agregar valor ao produto, obtendo preços melhores e conquistando mercados cada vez mais exigentes. Como tem sido o trabalho da Cooparaiso nesta safra para atender a este aspecto?


Paulo Sérgio EliasA Cooparaiso tem sido muito zelosa nesse aspecto. Esta é a região que produz os melhores cafés do Brasil, que engloba o sul de Minas, a Mogiana mineira e paulista, privilegiadas em temperatura, precipitação, altitudes, conhecimento e manejo da cultura. Todo esse conhecimento a área técnica da Cooparaiso sempre teve esmero em levar para o produtor para preserva essa qualidade natural do café. Com a expansão da área de atuação da Cooparaiso, que abrange produção do cerrado (que Piumhi pode ser considerado), nas matas de Minas e no Espírito Santo, portanto temos cafés de todas as origens e, portanto, temos todas as qualidades de cafés apreciadas no mundo inteiro. Qualidade é uma regra para atender a um mercado cada vez mais exigente e o produtor encontra todo o amparo na Cooparaiso para atender a esse mercado; isto está no DNA da cooperativa.


Coffee Break – Há programas desenvolvidos pela Cooparaiso que têm contribuído para isso?


Paulo Sérgio EliasSim. O trabalho da cooperativa aliado a programas governamentais, como o Certifica Minas e a Cooparaiso preparou todos os nossos técnicos para capacitar o produtor e certificá-los. O programa de agricultura familiar também está inserido na cooperativa, que é pronafiana, com o objetivo de valorizar e fortalecer esse importante seguimento da agricultura brasileira.


Coffee Break – O que é possível falar sobre os preços do café atualmente, considerando que mais dois meses teremos uma nova safra entrando no mercado?


Paulo Sérgio EliasMesmo que o Brasil atinja as previstas 48 a 50 milhões de sacas, a produção mundial se equilibra com o consumo. É sabido que os estoques mundiais são os menores da história. Nenhum torrador do mundo deixará seu negócio desabastecido, em função de aumentos. Mas ninguém esperava uma queda importante como esta que vem acontecendo. Se o Brasil administrar bem essa safra, em termos de disponibilização do produto, se governo prestar atenção nessa alocação de recursos para colheita, armazenagem, se houver uma política específica de preços estará fazendo uma política adequada de comercialização, colherá frutos disso.


Fonte: Coffee Break

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