Entre os cafeicultores os que estão recebendo maior preço por saca de produto são os que optaram pelo cultivo orgânico. Enquanto o produtor convencional recebe aproximadamente R$ 280 por uma saca de 60 kg de café de boa qualidade, o mercado paga em média, R$ 360 pelo café orgânico.
O corretor de café, Marco Aurélio Bacceti, analisa que o valor da saca de café orgânico é atrativo mas o mercado consumidor brasileiro ainda é restrito e a maioria da produção é exportada. “No Brasil, o café orgânico é comercializado em alguns nichos, geralmente nas capitais”, menciona.
Em Londrina, no distrito de Lerroville (zona Sul) foi fundada uma cooperativa, a Cooperativa Agroindustrial Solidária de Lerroville, que agrega 46 famílias produtoras. O grupo trocou o cultivo convencional pelo orgânico há dois anos. “Os produtores estão em processo de transição. O selo que identifica a produção orgânica é liberado depois de três anos de cultivo”, declara o agrônomo da Emater, Idelfonso Haas.
Segundo Haas, a cooperativa de cafeicultores de Lerroville irá construir neste ano um barracão de torrefação de grãos. O investimento será de R$ 400 mil, aproximadamente. O dinheiro vem do governo do Estado com contrapartida dos produtores.
A grande vantagem do cultivo do café orgânico, apontada por Haas, é o incremento na renda do agricultor. “A melhoria dos rendimentos do cafeicultor garante que o produtor irá permanecer no setor”, defende.
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