“Foi quando ouvi falar da produção orgânica e me interessei em aprender um pouco mais. Após participar de um curso sobre a produção orgânica de café em Minas Gerais, decidi que faria o processo de conversão da nossa lavoura para o sistema orgânico”, lembra Olácio.
LHoje, dez anos depois, ele percebe a diferença em sua lavoura e propriedade, que de acordo com Komori, está entrando em equilíbrio. “No início, os custos foram maiores, porém com o passar dos anos e manejo adequado, sentimos que a propriedade responde melhor e sua capacidade produtiva aumentou muito. Nossos custos de produção são menores e estamos totalmente independentes de insumos externos para produzir”, valoriza.
Quanto ao mercado, ele vê que há espaço para os produtos orgânicos. A família criou uma marca própria, montou uma estrutura modesta e eficiente de processamento e está buscando consolidar um canal de comercialização. “No nosso caso, onde a produção ainda é pequena e não dispomos de mecanismos para alcançar mercados mais distantes, decidimos pelo local, sempre de forma coletiva, em associação”.
Para os interessados em investir neste processo, o agricultor recomenda para quem já tem a cultura implantada, iniciar um processo de racionalização no uso de insumos e sua substituição, em alguns casos. A seguir, cultivar em partes da propriedade, escolhendo os talhões mais equilibrados e com maiores chances de sucesso, e aos poucos, vai-se agregando novos talhões até inserir o sistema em toda área. “Tudo isso deve ser feito seguindo um plano de conversão que deverá ser feito por um profissional juntamente com o produtor”.
Agora àqueles que planejam implantar a lavoura de café orgânico é aconselhável utilizar variedades resistentes às principais doenças, preparar corretamente a área, e se possível, antes de introduzir a cultura, adicionar alguma prática para recuperação de matéria orgânica do solo. “É recomendável o uso de adubação verde, e claro, planejamento, que inclua a comercialização”, sugere.
Ele também incentiva a capacitação do produtor, por meio de cursos, visitas a áreas onde a produção orgânica já está implantada e com desempenhos satisfatórios e, se possível, fortalecer o espírito de cooperação, formando grupos de agricultores ou associações.
Estudos – colaborando neste processo, a Embrapa Agropecuária Oeste, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e parceiros desenvolve trabalhos com sistemas de produção envolvendo o cafeeiro, espécies frutíferas e tuberosas sob consórcios, inclusive no sítio de Olácio Komori.
O estudo avalia a sustentabilidade e a produtividade de diferentes arranjos de consórcio, onde o cafeeiro é a cultura principal, comparando-os entre si e com os cultivos solteiros. Os consórcios envolvem o abacaxizeiro, a bananeira e outras espécies.
Seguindo a linha de Olácio Komori, o biólogo e pesquisador da Embrapa, Milton Padovan, afirma que o mercado para os produtores de café orgânico está à disposição, entretanto, segundo ele, ao se pensar em uma produção mais estruturada e abrangente é preciso trabalhar a certificação dos produtos. “Isso dará visibilidade aos produtos no mercado, colocando-os em posição de concorrência com os convencionais”, completa.
Dia de Campo – com o objetivo de discutir as técnicas e os processos utilizados para a construção desses sistemas de produção agroecológicos com a cultura do café, incentivando a produção e a integração entre os produtores, realizou-se um dia de campo com a participação de 270 pessoas, em Glória de Dourados-MS. As estações envolveram o manejo agroecológico, as variedades de café e os sistemas adotados.
Os agricultores, estudantes e técnicos interessados em conhecer a produção orgânica de Olácio vieram de Dourados, Ivinhema, Itaquiraí, Japorã, Campo Grande, Jaraguari, Rio Brilhante, Corumbá, Nioaque, Ponta Porã, Anastácio, Nova Alvorada do Sul, Novo Horizonte do Sul, Terenos, Juti, Eldorado, Naviraí, Iguatemi, Jateí, Mundo Novo, Tacuru, Fátima do Sul e Amambaí. (fonte: Embrapa Agropecuária Oeste -)
25/03/2008 – 14:41
A cada ano, o tradicional cafezinho recebe novas versões, agora, pensando em qualidade de vida e meio ambiente, toma forma o café orgânico. Em Mato Grosso do Sul, o agricultor Olácio Komori e sua família, desde 1965, produz café de forma convencional em Glória de Dourados. Por volta do final da década de 90, devido a desequilíbrios ambientais, pragas e doenças, desgaste do potencial produtivo do solo e estiagem, os custos tornaram o manejo convencional insustentável.
Foi quando ouvi falar da produção orgânica e me interessei em aprender um pouco mais. Após participar de um curso sobre a produção orgânica de café em Minas Gerais, decidi que faria o processo de conversão da nossa lavoura para o sistema orgânico, lembra Olácio.
Hoje, dez anos depois, ele percebe a diferença em sua lavoura e propriedade, que de acordo com Komori, está entrando em equilíbrio. No início, os custos foram maiores, porém com o passar dos anos e manejo adequado, sentimos que a propriedade responde melhor e sua capacidade produtiva aumentou muito. Nossos custos de produção são menores e estamos totalmente independentes de insumos externos para produzir, valoriza.
Quanto ao mercado, ele vê que há espaço para os produtos orgânicos. A família criou uma marca própria, montou uma estrutura modesta e eficiente de processamento e está buscando consolidar um canal de comercialização. No nosso caso, onde a produção ainda é pequena e não dispomos de mecanismos para alcançar mercados mais distantes, decidimos pelo local, sempre de forma coletiva, em associação.
Para os interessados em investir neste processo, o agricultor recomenda para quem já tem a cultura implantada, iniciar um processo de racionalização no uso de insumos e sua substituição, em alguns casos. A seguir, cultivar em partes da propriedade, escolhendo os talhões mais equilibrados e com maiores chances de sucesso, e aos poucos, vai-se agregando novos talhões até inserir o sistema em toda área. Tudo isso deve ser feito seguindo um plano de conversão que deverá ser feito por um profissional juntamente com o produtor.
Agora àqueles que planejam implantar a lavoura de café orgânico é aconselhável utilizar variedades resistentes às principais doenças, preparar corretamente a área, e se possível, antes de introduzir a cultura, adicionar alguma prática para recuperação de matéria orgânica do solo. É recomendável o uso de adubação verde, e claro, planejamento, que inclua a comercialização, sugere.
Ele também incentiva a capacitação do produtor, por meio de cursos, visitas a áreas onde a produção orgânica já está implantada e com desempenhos satisfatórios e, se possível, fortalecer o espírito de cooperação, formando grupos de agricultores ou associações.
Estudos – colaborando neste processo, a Embrapa Agropecuária Oeste, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e parceiros desenvolve trabalhos com sistemas de produção envolvendo o cafeeiro, espécies frutíferas e tuberosas sob consórcios, inclusive no sítio de Olácio Komori.
O estudo avalia a sustentabilidade e a produtividade de diferentes arranjos de consórcio, onde o cafeeiro é a cultura principal, comparando-os entre si e com os cultivos solteiros. Os consórcios envolvem o abacaxizeiro, a bananeira e outras espécies.
Seguindo a linha de Olácio Komori, o biólogo e pesquisador da Embrapa, Milton Padovan, afirma que o mercado para os produtores de café orgânico está à disposição, entretanto, segundo ele, ao se pensar em uma produção mais estruturada e abrangente é preciso trabalhar a certificação dos produtos. Isso dará visibilidade aos produtos no mercado, colocando-os em posição de concorrência com os convencionais, completa.
Dia de Campo com o objetivo de discutir as técnicas e os processos utilizados para a construção desses sistemas de produção agroecológicos com a cultura do café, incentivando a produção e a integração entre os produtores, realizou-se um dia de campo com a participação de 270 pessoas, em Glória de Dourados-MS. As estações envolveram o manejo agroecológico, as variedades de café e os sistemas adotados.
Os agricultores, estudantes e técnicos interessados em conhecer a produção orgânica de Olácio vieram de Dourados, Ivinhema, Itaquiraí, Japorã, Campo Grande, Jaraguari, Rio Brilhante, Corumbá, Nioaque, Ponta Porã, Anastácio, Nova Alvorada do Sul, Novo Horizonte do Sul, Terenos, Juti, Eldorado, Naviraí, Iguatemi, Jateí, Mundo Novo, Tacuru, Fátima do Sul e Amambaí.