– De olho em um mercado crescente no Brasil e no mundo, a O’Coffee, uma das maiores produtoras de cafés especiais do Brasil, quer dobrar sua produção e alcançar 80 mil sacas em 2024. O diretor executivo da empresa, Úbion Terra, disse ao Broadcast Agro que o projeto é ampliar a área cultivada em suas fazendas e também investir no aumento da produtividade dos cafezais. Até 2021, a empresa deve praticamente dobrar a área plantada, para 2,2 mil hectares. “Vamos retomar o cultivo de café em duas fazendas que hoje estão arrendadas para a produção de outras culturas, como soja e milho.”
A empresa tem hoje seis fazendas na região de Alta Mogiana (SP), mais centradas em Pedregulho, quase na divisa com Minas Gerais, que somam 1,3 mil hectares de área cultivada com café. No ano passado, a O’Coffee produziu 35 mil sacas. Em 2017, por causa da bienalidade da cultura (safra cheia em um ano seguida de uma menor no ano seguinte), deve colher 28 mil sacas. “Nossa meta é chegar ao recorde de 40 mil sacas em 2018 e, em meados de 2024, quando os últimos plantios vão atingir potencial de produção, até 80 mil sacas”, disse o executivo.
Terra explicou que boa parte dos ganhos de produção será reflexo dos investimentos em produtividade, como poda e renovação das plantas. A produtividade média das fazendas atualmente é de 35 sacas por hectare, montante que eles pretendem elevar para mais de 40 sacas/ha. “Temos algumas áreas da fazenda que já produzem até 80 sacas por hectare, produtividade muito alta. A ideia é fazer essas melhorias para elevar a média total.”
Investimentos em tecnologia na colheita já estão sendo feitos. Microlotes de café têm processo manual, mas nos especiais a colheita é mecanizada e seletiva. “No processo convencional, a máquina passa retirando todos os grãos de uma vez. Na mecanizada seletiva, por exemplo, podemos remover as paletas da parte de baixo da máquina para que seja colhido apenas o grão no topo da planta que, por receber mais luminosidade, costuma ficar maduro mais rápido”, explicou, destacando que a produção tem um índice de mecanização de mais de 90%.
Do total do café produzido pela empresa, 40% é de grão convencional e fica no mercado interno. O restante da produção, de café especial, é principalmente exportado. Na safra passada, os embarques do produto ao exterior totalizaram 35 mil sacas, crescimento de 20% e um recorde para a empresa. O volume também considera fazendas parceiras na região de Alta Mogiana.
O principal destino do grão verde da O`Coffee é a Ásia, seguida pela Europa. “Os Estados Unidos são nosso menor mercado, mas enxergamos nele um grande potencial de crescimento”, disse. Os investimentos rendem bons resultados ao grão da marca, cujo prêmio médio é de 40% sobre o preço internacional da variedade arábica. “Esse prêmio também reflete o fato de vendermos diretamente para as torrefadoras fora do Brasil. Com isso, cortamos entre dois a três intermediários e conseguimos capturar uma margem melhor para nosso produto”, explicou.
Varejo e e-commerce
Uma parte da produção de grãos especiais da O’Coffee é processada na fábrica de Pedregulho da Octavio Café, braço do Grupo SolPanamby no varejo. Sem revelar cifras, Úbion Terra disse que os negócios no varejo cresceram, em média, 90% ao ano nos últimos três anos. “Esse salto foi resultado principalmente do sucesso das cápsulas de café, mercado que continua avançando muito rápido. Atualmente, estamos em grandes redes em São Paulo, como Pão de Açúcar e Carrefour. Nosso objetivo é manter esse ritmo de crescimento nos próximos três anos”.
A estratégia é ampliar as vendas para outros Estados. Segundo Terra, negociações estão avançadas para entregar o produto em redes do Rio de Janeiro, Brasília e também na região Nordeste. E, para impulsionar ainda mais o segmento, o grupo pretende lançar, em outubro, um e-commerce e um Clube do Assinante, que serão integrados ao atual site da marca.
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De olho em um mercado crescente no Brasil e no mundo, a O’Coffee, uma das maiores produtoras de cafés especiais do Brasil, quer dobrar sua produção e alcançar 80 mil sacas em 2024. O diretor executivo da empresa, Úbion Terra, disse ao Broadcast Agro que o projeto é ampliar a área cultivada em suas fazendas e também investir no aumento da produtividade dos cafezais. Até 2021, a empresa deve praticamente dobrar a área plantada, para 2,2 mil hectares. “Vamos retomar o cultivo de café em duas fazendas que hoje estão arrendadas para a produção de outras culturas, como soja e milho.”
A empresa tem hoje seis fazendas na região de Alta Mogiana (SP), mais centradas em Pedregulho, quase na divisa com Minas Gerais, que somam 1,3 mil hectares de área cultivada com café. No ano passado, a O’Coffee produziu 35 mil sacas. Em 2017, por causa da bienalidade da cultura (safra cheia em um ano seguida de uma menor no ano seguinte), deve colher 28 mil sacas. “Nossa meta é chegar ao recorde de 40 mil sacas em 2018 e, em meados de 2024, quando os últimos plantios vão atingir potencial de produção, até 80 mil sacas”, disse o executivo.
Terra explicou que boa parte dos ganhos de produção será reflexo dos investimentos em produtividade, como poda e renovação das plantas. A produtividade média das fazendas atualmente é de 35 sacas por hectare, montante que eles pretendem elevar para mais de 40 sacas/ha. “Temos algumas áreas da fazenda que já produzem até 80 sacas por hectare, produtividade muito alta. A ideia é fazer essas melhorias para elevar a média total.”
Investimentos em tecnologia na colheita já estão sendo feitos. Microlotes de café têm processo manual, mas nos especiais a colheita é mecanizada e seletiva. “No processo convencional, a máquina passa retirando todos os grãos de uma vez. Na mecanizada seletiva, por exemplo, podemos remover as paletas da parte de baixo da máquina para que seja colhido apenas o grão no topo da planta que, por receber mais luminosidade, costuma ficar maduro mais rápido”, explicou, destacando que a produção tem um índice de mecanização de mais de 90%.
Do total do café produzido pela empresa, 40% é de grão convencional e fica no mercado interno. O restante da produção, de café especial, é principalmente exportado. Na safra passada, os embarques do produto ao exterior totalizaram 35 mil sacas, crescimento de 20% e um recorde para a empresa. O volume também considera fazendas parceiras na região de Alta Mogiana.
O principal destino do grão verde da O`Coffee é a Ásia, seguida pela Europa. “Os Estados Unidos são nosso menor mercado, mas enxergamos nele um grande potencial de crescimento”, disse. Os investimentos rendem bons resultados ao grão da marca, cujo prêmio médio é de 40% sobre o preço internacional da variedade arábica. “Esse prêmio também reflete o fato de vendermos diretamente para as torrefadoras fora do Brasil. Com isso, cortamos entre dois a três intermediários e conseguimos capturar uma margem melhor para nosso produto”, explicou.
Varejo e e-commerce
Uma parte da produção de grãos especiais da O’Coffee é processada na fábrica de Pedregulho da Octavio Café, braço do Grupo SolPanamby no varejo. Sem revelar cifras, Úbion Terra disse que os negócios no varejo cresceram, em média, 90% ao ano nos últimos três anos. “Esse salto foi resultado principalmente do sucesso das cápsulas de café, mercado que continua avançando muito rápido. Atualmente, estamos em grandes redes em São Paulo, como Pão de Açúcar e Carrefour. Nosso objetivo é manter esse ritmo de crescimento nos próximos três anos”.
A estratégia é ampliar as vendas para outros Estados. Segundo Terra, negociações estão avançadas para entregar o produto em redes do Rio de Janeiro, Brasília e também na região Nordeste. E, para impulsionar ainda mais o segmento, o grupo pretende lançar, em outubro, um e-commerce e um Clube do Assinante, que serão integrados ao atual site da marca.