Café: NY tem baixa de 250 pts nesta 2ª com estimativa da Conab que elevou produção da safra 2014/15 para 45,3 milhões de sacas

22 de dezembro de 2014 | Sem comentários Análise de Mercado Mercado

22/12/2014


A Bolsa de Nova York (ICE Futures US) para o café arábica fechou com baixa de mais de 250 pontos nesta segunda-feira (22), após a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgar a expectativa de produção da safra de café na temporada 2014/15 em relação ao levantamento anterior.


Com isso, o contrato março/15 registrou desvalorização de 255 pontos cotado a 172,15 cents/lb, o maio/15 anotou 174,75 cents/lb, o julho/15 fechou a sessão com 177,20 cents/lb e o vencimento setembro/15 registrou 179,45 cents/lb, ambos com queda de 250 pontos. As informações são de agências internacionais.


Segundo o quarto levantamento da Companhia, a produção de café beneficiado (arábica e conilon) no Brasil, este ano, é de 45,3 milhões de sacas de 60 quilos. O número apresenta aumento de 0,5% em relação a estimativa de produção anterior divulgada em setembro.


No entanto, houve uma redução de 7,7% ou 3,8 milhões de sacas a menos que as 49,1 milhões registradas em 2013. A produção do arábica está estimada em 32,3 milhões de sacas ou o equivalente a 71,2% do volume de café produzido no país. Já o conilon, que vai a 13 milhões de sacas, ocupa 28,5% do total nacional.


A Conab informa em seu levantamento que a safra de arábica foi a responsável pela produção menor em relação ao ano passsado, visto que a variedade teve queda de 15,6% em relação a safra da temporada anterior. As causas foram a forte estiagem verificada nos primeiros meses do ano, a inversão da bienalidade em algumas regiões, como na Zona da Mata mineira, e também as geadas que atingiram o estado do Paraná.


A safra de connilon teve aumento de 20% devido à renovação de culturas e ao revigoramento da produtividade, além das condições climáticas favoráveis do Espírito Santo, maior produtor da espécie.


Segundo o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, tecnicamente o fechamento na bolsa norte-americana pode ser considerado neutro. “O dia no mercado cafeeiro foi lento e com poucas oscilações representativas sendo vivenciadas. Os terminais internacionais de Nova York e Londres operaram com curta liquidez numa verdadeira contagem regressiva, ante a virada do ano, que já se aproxima”, afirma o analista.


Mercado interno


Poucos negócios são realizados no mercado interno com a próximidade do final do ano. De acordo com Magalhães, o setor produtivo já ‘fechou para balanço’ e desta forma, a liquidez envolvida na rotina cafeeira fica, dia a dia, mais curta elevando e muito a ansiedade dos envolvidos.


O tipo cereja descascado teve maior variação na cidade de Guaxupé-MG, onde a saca está cotada a R$ 549,00 e teve queda de 1,44%. A cidade também tem o maior valor de negociação.


Para o tipo 4/5, a cidade com maior valor de negociação também foi Guaxupé-MG que tem saca cotada a R$ 537,00 e teve desvalorização de 1,65%. A localidade com maior oscilação no dia foi Poços de Caldas-SP com queda de 2,06% na saca cotada a R$ 475,00.


O tipo 6 duro anotou maior valor em Varginha-MG com R$ 485,00 a saca e preço estável em relação a segunda-feira. O município com variação mais expressiva no dia foi Franca-SP com desvalorização de 2,97% e saca cotada a R$ 490,00.


Na sexta-feira (19), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou alta de 0,24% e está cotado a R$ 459,69 a saca de 60 kg.


Tipo 4/5 fecha em baixa na Bovespa


As cotações do café arábica tipo 4/5 tiveram queda na BM&F Bovespa. O vencimento março/15 registrou US$ 208,55 com desvalorização de 1,88% e o setembro/15 fechou o dia com baixa de 1,81% cotado a US$ 217,00.


Liffe tem mais um dia de queda em Londres


As cotações do café robusta na Bolsa Internacional de Finanças e Futuros de Londres (Liffe) fecharam com queda. O contrato janeiro/15 está cotado a US$ 1858,00 por tonelada com desvalorização de US$ 38, o março/15 teve US$ 1891,00 por tonelada e também recuo de US$ 38 e o maio/15 anotou US$ 1909,00 por tonelada com baixa de US$ 37.


Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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