Os contratos futuros do café arábica negociados na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam em queda nesta sexta (28), por vendas especulativas e liquidações de fundos, buscando novas correções no saldo comprado dos Fundos. O range foi mantido nos 130 cents. Em Londres, os cafés robustas fecharam em queda.
Meus amigos cafeicultores, o mercado de café em NY foi pressionado pela alta do dólar no mercado internacional. Essa alta causou impacto nas commodities de modo geral, com a redução do Índice CRB (cesta de 19 commodities) em 577 pontos (- 1,44%).
O fenômeno que temos visto nos últimos anos é a direta influência das bolsas e da economia internacional no mercado de café. No século XXI, não é possível analisar o mercado do café isolado. Os componentes agora são a economia global, oscilações no mercado de capitais, commodities não agrícolas, mercado fundamental (clima, produção, consumo, estoques, etc). Portanto, não há mais espaço para amadores na composição de preços. O produtor tem de produzir e na hora de comercializar, tem de entregar sua produção nas mãos de profissionais.
Segundo o Escritório Carvalhaes, em uma semana, do fechamento do dia 20, quinta-feira, até o fechamento de hoje, o café subiu no maio, 165 pontos ou US$ 2,18 (R$ 3,79)/saca. Em reais foram a R$ 300,08/saca e no dia 27, a R$ 304,56/saca.
E no mercado físico, o produtor segue retraído. Os preços do café tipo 6, bebida dura para melhor, no Sul de Minas Gerais foram negociados entre R$ 250/255, estável em Varginha e Guaxupé. Para compensar, o dólar subiu 0,4% e fechou cotado a R$ 1,744. No mês a alta foi de 3,1%.
Após o fechamento desta quinta-feira, o café reduziu a queda para 3.715 pontos (contra 3.500 pontos da sessão anterior) em março, mantendo o patamar dos 130 cents.
Acompanhe o gráfico do café na Bolsa de Nova York:
O contrato de maio fechou em queda de 215 pontos, cotado a 130,40 cents de dólar por libra-peso (mínima de 129,45 cents e a máxima de 133,30 cents). Já o julho fechou em queda de 215 pontos, cotado a 132,95 cents de dólar por libra (mínima de 132,05 cents e máxima de 136,00 cents). Em Londres, o café no maio foi negociado a US$ 2.298/tonelada (- US$ 61,00). No julho foi negociado a US$ 2.295 (- US$ 60,00).
O volume negociado na ICE atingiu a marca de 12.451 contratos ao fechamento. As opções tiveram 4.781 calls e 5.292 puts. O robusta no maio encerrou cotado a 103,60 cents de dólar por libra peso, com queda de 40 pontos.
Acompanhe o fechamento do café nas bolsas internacionais: