04/09/2014 – Nesta quinta-feira (4), a Bolsa de Nova York (ICE Futures US) para o café arábica encerrou suas operações com leves altas e intensa volatilidade durante a sessão, chegando a ter perdas expressivas pela manhã. O principal contrato, dezembro/15, registrou 202,45 cents de dólar por libra peso com 15 pontos de alta, o março/15 anotou 206,45 cents/lb e ganhos de 20 pontos. Os contratos com entregas mais distante também registraram leves altas, o maio/15 fechou em 208,55 cents/lb com 30 pontos e o julho/15 encerrou a sessão com 210,00 cents/lb e alta de 90 pontos. A posição setembro/14, negociada até dia 18, encerroua sessão com 197,45 cents/lb e alta de 15 pontos.
De acordo com o analista da Safras & Mercado, Gil Carlos Barabach, o mercado apresenta um cenário de volatilidade devido as previsões climáticas com os operadores atentos aos mapas. “O mercado está cauteloso com a safra 2015 e a falta de chuva nas regiões produtoras que podem prejudicar a florada. No entanto, o dezembro fechando acima dos 200 cents por libra peso traz uma leitura de cautela por parte dos operadores. O mercado oscila muito, mas sustenta acima dos US$/lb 2,00″, afirma o analista.
Na sessão de ontem o mercado fechou em baixa por conta das chuvas que caíram na região Sudeste do Brasil. Porém, segundo o produtor de café da cidade de Machado-MG, Lucas Costa Moterani, em comentário enviado no site do Notícias Agrícolas, a chuva na região Sul de Minas foi pouco expressiva e não beneficiou as plantações de sua lavoura. “Houve somente uma chuva ate agora, ocorreu no período da noite, foi uma tempestade que só causou danos, gado morto por raios e muito vento, uma chuva nada produtiva. Após este evento não ha sinal algum de chuva, e as previsões mais confiáveis mostram nenhuma tendência de chuva para os próximos 15 dias”, diz.
Segundo a Somar Meteorologia, as principais regiões produtoras de café devem ficar sem chuvas pelas próximas duas semanas, prejudicando as perspectivas para a próxima safra visto que a florada precoce que nasceu com as chuvas de julho podem não vingar com a seca.
No entanto, segundo o analista, o mercado ainda não assimilou essa previsão de manutenção da seca e está à espera de uma atualização no mapa.
Fonte: Notícias Agrícolas // Jhonatas Simião